Título: O lago místico
Autor/a: Kristin Hannah
Páginas: 368
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014
Sinopse: Esposa e mãe perfeita, Annie vê o seu mundo desabar de uma hora para outra quando é abandonada pelo marido. A fuga momentânea é para Mystic, a pequena comunidade onde ela cresceu e onde o seu pai ainda vive. Lá, Annie começa a se reerguer novamente, descobrindo o amor por si mesma, por um velho amigo solitário e por uma garotinha que acaba de perder a mãe. Tudo está se encaixando na vida de Annie. Nick e Izzy se tornaram uma parte importante de seu processo de cura, e ela também se tornou essencial para a sobrevivência da relação entre pai e filha. Até que o seu ex-marido reaparece... e a tranquilidade rapidamente dá lugar ao desespero. Kristin Hannah encanta mais uma vez com uma história comovente, sensível e verdadeira sobre perda, paixão e os fios frágeis que unem as famílias.
Avaliação: 5/5 estrelas
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Kristin Hannah foi uma autora que ficou durante alguns meses na minha estante. O motivo? O drama carregado em sua história. Não estava muito na época de ler livros desse gênero e acabou que o livro sendo esquecido. Nas férias, decidi iniciar a leitura. Demorou mais do que eu imaginava, mas afirmo que a autora me surpreendeu muito e fez jus aos comentários que já havia lido sobre sua obra.
Anne é casada com Blake por mais de 20 anos e mãe de Natalie, quando vê seu mundo desabar após descobrir que o marido a traia com outra mulher. Sem chão de seguir em frente, ela decide passar uma temporada em Mystic, cidade onde nasceu. Lá encontra Nick, primeiro amor de sua juventude. Ele, que perdera a mulher recentemente, tenta levar a vida, muitas vezes sem sucesso, junto de sua filha pequena, Izzy, que, por causa da morte da mãe, silenciara totalmente e acreditava estar desaparecendo. Annie, por sua vez, decide dar uma ajuda ao velho amigo, cuidando de Izzy, enquanto tenta esquecer os problemas e dores do passado. Quando tudo está entrando nos conformes, onde Izzy vê em Annie um porto seguro e Nick está conseguindo superar a morte da amada, uma surpresa do destino coloca Annie contra a parede e a força tomar uma decisão que nenhuma mulher deveria tomar.
Enquanto realizava a leitura, não podia deixar de fazer relações com o livro do Nicholas Sparks, Uma curva na estrada. Talvez pelo fato das histórias se assemelharem (e tê-lo lido recentemente) ou pelo fato de os estilos dos autores se assemelharem, O lago místico me ganhou em todos os sentidos, se mostrando uma história de autodescobrimento. Kristin apresenta uma mulher madura, que sempre viveu para sua família, mas que após uma traição, vê-se sem chão e estruturas. Acaba que encontrando no amor de juventude uma maneira de encarar a vida de outra maneira, além de se descobrir como mulher.
Engraçado como alguns livros mexem profundamente com o nosso emocional. A narrativa da autora, desde o começo, se mostra carregada de um sentimentalismo e uma emoção profunda que não tem como não mexer com o leitor. Deixo claro que, a partir do momento em que Annie descobre a traição, sofri junto da personagem. Porém, ao acompanhar a jornada desta, não tive como não torcer por ela. A partir do reencontro com Nick e do relacionamento com Izzy, vi ali uma oportunidade que a protagonista poderia encontrar sua felicidade.
Uma carta na manga, que me fez gostar mais ainda da história foi Izzy. A história é contada em terceira pessoa, sobre a perspectiva de diversos personagens, mas o que mais me encantou, ao mesmo tempo em que percebi o quão desafiador era, foi o fato de que a autora incluiu algumas sequências de cenas sobre o ponto de vista da pequena de seis anos. E não apenas isso. Izzy está passando por um momento difícil de sua vida, e acredita estar sumindo. Não conversa com ninguém, age como se não tivesse mais a mão direita e acha que está perdendo a outra. E Kristin soube lidar com os pensamentos da menina de tal forma que conseguíamos entender perfeitamente o que a menina estava passando. A falta que a mãe fazia; os momentos em que via ela e pedia para ir junto. Ao mesmo tempo, temos seu pai se afundando cada vez mais na bebida, tentando entender porque a mulher havia feito aquilo com ele. Isso gera um distanciamento entre a filha e o pai, pois esta não reconhece mais aquele homem que um dia admirara.
Logo, o encontro entre Izzy e Annie, seguido do relacionamento e da amizade que surge entre as duas, é uma explosão de sentimentos que emociona e toca o leitor profundamente. E Kristin consegue lidar com tudo isso, levando a história por diferentes caminhos, cativando o leitor para que chegue até o fim. Houve momentos de lágrimas, de risos e de felicidade. Cheguei ao fim com o coração apertado, mas com a sensação de dever cumprido e o desejo de conhecer outras obras da autora (Jardim de Inverno está na estante esperando para ser lido)
Antes tarde do que nunca: a resenha de um dos melhores livros de 2015!
domingo, 12 de julho de 2015
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Intrínseca,
Jojo Moyes,
Romance
Título: Como eu era antes de você
Autor/a: Jojo Moyes
Páginas: 320
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Avaliação: 5/5 estrelas
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O que uma escolha pode definir em nossas vidas? Talvez essa tenha sido a questão central vivida pela protagonista de Como eu era antes de você, da Jojo Moyes, Louisa Clark. Ao conhecer Will Traynor, Lou não imaginava o quanto sua vida mudaria, ou o quanto ela própria mudaria. E começo essa resenha com essa reflexão pois ela faz parte de nossas vidas. Quantas escolhas fizemos? Que caminhos tomamos que muitas vezes não é o correto para muitos, mas para o nosso interior é o que devemos fazer no momento? Fizemos isso diante das circunstâncias da vida.
Louisa Clark tinha uma vida até instável: um emprego e um namorado (por mais que ela soubesse que lá no fundo não havia um sentimento de amor entre os dois). Aos 26 anos, isso mudou quando o café em que ela trabalhava fechou e, como consequência acaba sendo demitida. Sua família dependia inteiramente do seu salário e decidida, acaba indo procurar outro emprego. Surge a oportunidade para trabalhar como cuidadora de Will Traynor, um homem que tinha uma vida inteira pela frente e que sabia aproveitar cada momento dela, mas que após um acidente, fica preso numa cadeira de rodas, dependendo dos outros para qualquer necessidade, fazendo com que perdesse o sentido da vida. Louisa, ao se deparar com tal situação, não sabe muito bem como reagir. Só que o que ambos não sabem é que esse encontro mudará a vida de ambos, para sempre.
O primeiro contato com o escrita de Jojo Moyes ocorreu de maneira um pouco inesperada. Como eu era antes de você estava na estante há algum tempo esperando para ser lido. Mas sabe quando você acha que vai ser uma história melodramática e acaba postergando a leitura? Já havia lido algumas resenhas dos livros da autora, elogiando suas tramas, mas que de alguma maneira, destacavam a presença do drama. De qualquer forma, decidi dar uma chance. E foi sem dúvidas uma surpresa.
A história começa num ritmo calmo e tranquilo, cativando o leitor. Conhecemos Louisa, sua rotina, suas manias, sua família e seus amigos. Em certo momento, aparece Will, com todo o seu passado. O primeiro encontro não é o que mais se esperaria de um romance, já que Will se mostrava reticente quanto a presença de Lou. No momento, como nem tudo na vida são flores, não seria por isso que desistiríamos nas primeiras páginas.
Como eu era antes de você veio num momento muito a calhar. Aos poucos, conforme eu adentrava a leitura, aprendia com Will, aprendia com Louisa, aprendia com a própria autora o sentido da vida. O sentido de sair de casa de manhã cedo pensando nas maravilhas que o dia podia nos trazer; por mais que fossem pequenas; no lado positivo das coisas negativas, por mais que fossem devastadoras e irreparáveis. Louisa me mostrou o quanto vale a pena acreditar; o quanto vale a pena lutar. Houve momentos em que eu ria das cenas entre os dois; outros ficava refletindo e em um terceiro momento me emocionava. Na metade do livro, já sabia que a história tinha me ganhado por completo e que ao terminar, ela seria uma das favoritas. Sabe aquela história que acalenta o coração? Essa é daquelas.
O modo que a autora conduz a história tem um simbolismo especial. Teve um momento em que ela dá uma sacada que me pegou desprevenido, mas que me fez pensar nisso tudo que comentei anteriormente. O romance entre os dois ganha um sentido e significado especial. Adquire um sentimento de busca pela vida, de lutar com unhas e dentes pela felicidade. De pensar, que por mais que a vida nos coloque obstáculos e dificuldades, sempre haverá chances para um recomeço. E isso foi o mais importante e que fez a história se tornar marcante. Terminei o livro emocionado e com um sorriso no rosto. Feliz por ter vivenciado algo assim. Feliz por me deixar levar por alguns momentos. Feliz e disposto a acreditar mais. Louisa e Will ficarão guardados para sempre em minhas lembranças.
Autor/a: Jojo Moyes
Páginas: 320
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
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O que uma escolha pode definir em nossas vidas? Talvez essa tenha sido a questão central vivida pela protagonista de Como eu era antes de você, da Jojo Moyes, Louisa Clark. Ao conhecer Will Traynor, Lou não imaginava o quanto sua vida mudaria, ou o quanto ela própria mudaria. E começo essa resenha com essa reflexão pois ela faz parte de nossas vidas. Quantas escolhas fizemos? Que caminhos tomamos que muitas vezes não é o correto para muitos, mas para o nosso interior é o que devemos fazer no momento? Fizemos isso diante das circunstâncias da vida.
Louisa Clark tinha uma vida até instável: um emprego e um namorado (por mais que ela soubesse que lá no fundo não havia um sentimento de amor entre os dois). Aos 26 anos, isso mudou quando o café em que ela trabalhava fechou e, como consequência acaba sendo demitida. Sua família dependia inteiramente do seu salário e decidida, acaba indo procurar outro emprego. Surge a oportunidade para trabalhar como cuidadora de Will Traynor, um homem que tinha uma vida inteira pela frente e que sabia aproveitar cada momento dela, mas que após um acidente, fica preso numa cadeira de rodas, dependendo dos outros para qualquer necessidade, fazendo com que perdesse o sentido da vida. Louisa, ao se deparar com tal situação, não sabe muito bem como reagir. Só que o que ambos não sabem é que esse encontro mudará a vida de ambos, para sempre.
O primeiro contato com o escrita de Jojo Moyes ocorreu de maneira um pouco inesperada. Como eu era antes de você estava na estante há algum tempo esperando para ser lido. Mas sabe quando você acha que vai ser uma história melodramática e acaba postergando a leitura? Já havia lido algumas resenhas dos livros da autora, elogiando suas tramas, mas que de alguma maneira, destacavam a presença do drama. De qualquer forma, decidi dar uma chance. E foi sem dúvidas uma surpresa.
A história começa num ritmo calmo e tranquilo, cativando o leitor. Conhecemos Louisa, sua rotina, suas manias, sua família e seus amigos. Em certo momento, aparece Will, com todo o seu passado. O primeiro encontro não é o que mais se esperaria de um romance, já que Will se mostrava reticente quanto a presença de Lou. No momento, como nem tudo na vida são flores, não seria por isso que desistiríamos nas primeiras páginas.
Como eu era antes de você veio num momento muito a calhar. Aos poucos, conforme eu adentrava a leitura, aprendia com Will, aprendia com Louisa, aprendia com a própria autora o sentido da vida. O sentido de sair de casa de manhã cedo pensando nas maravilhas que o dia podia nos trazer; por mais que fossem pequenas; no lado positivo das coisas negativas, por mais que fossem devastadoras e irreparáveis. Louisa me mostrou o quanto vale a pena acreditar; o quanto vale a pena lutar. Houve momentos em que eu ria das cenas entre os dois; outros ficava refletindo e em um terceiro momento me emocionava. Na metade do livro, já sabia que a história tinha me ganhado por completo e que ao terminar, ela seria uma das favoritas. Sabe aquela história que acalenta o coração? Essa é daquelas.
O modo que a autora conduz a história tem um simbolismo especial. Teve um momento em que ela dá uma sacada que me pegou desprevenido, mas que me fez pensar nisso tudo que comentei anteriormente. O romance entre os dois ganha um sentido e significado especial. Adquire um sentimento de busca pela vida, de lutar com unhas e dentes pela felicidade. De pensar, que por mais que a vida nos coloque obstáculos e dificuldades, sempre haverá chances para um recomeço. E isso foi o mais importante e que fez a história se tornar marcante. Terminei o livro emocionado e com um sorriso no rosto. Feliz por ter vivenciado algo assim. Feliz por me deixar levar por alguns momentos. Feliz e disposto a acreditar mais. Louisa e Will ficarão guardados para sempre em minhas lembranças.
As batidas perdidas do coração - Bianca Briones
quarta-feira, 8 de julho de 2015
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Marcadores:
Bianca Briones,
Editora Verus,
New Adult
Título: As batidas perdidas do coração
Autor/a: Bianca Briones
Série: Batidas perdidas do coração #1
Páginas: 402
Editora: Verus
Ano: 2014
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre. As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.
Avaliação: 4/5 estrelas
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Conflituoso talvez seja a palavra que define minha relação com a estreia de Bianca Briones. Sabe aquele livro que quando você inicia a leitura é como se iniciasse uma viagem de montanha-russa? Que por mais que você saiba como ele irá terminar, você não consegue desgrudar e ainda por cima se emociona pelos caminhos que a autora decide levar a história? Isto é Bianca Briones. Isto é As batidas perdidas do coração.
Viviane é uma jovem que acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Já Rafael teve seu pai assassinado há alguns anos e agora viu outra tragédia se abater sobre sua família.Viviane é totalmente o que Rafael não queria para sua vida. Rafael é tudo aquilo que ela deveria evitar. São totalmente opostos, mas a dor acaba os unindo. Por mais que soubessem que aquilo era errado, o sentimento acaba sendo mais forte, fazendo com que viajem num romance arrebatador.
A oportunidade para conhecer o trabalho de Bianca surgiu após eu ganhar o livro num sorteio que teve no encontro Amores de Papel sobre new adult. Na verdade, eu não sabia qual escolher, e como queria filho único (não série) e uma menina disse que este era legal, acabei escolhendo. Comecei a ler semanas depois e como disse no início da resenha: foi que nem andar de montanha-russa.
Por mais que eu soubesse que todo new adult tem a mesma sinopse, os mesmos elementos, isso não descaracteriza o trabalho de Bianca. A autora apresenta dois personagens totalmente diferentes e opostos, mas que encontram na dor uma chance de viver. Viviane faz o tipo patricinha; Rafael o rebelde. E o bacana é que a autora apresenta os dois lados da história: um capítulo é narrado por ela, outro por ele. São capítulos curtos, que são abertos por trechos de músicas (adorei a ideia!) que acabam cativando e quando você percebe, já está completamente envolvido pela história.
O que mais me incomodou e me fez tirar uma estrela da avaliação do livro é a narrativa e alguns acontecimentos que na minha opinião foram desnecessários, ou que se fosse o caso, poderiam ser melhor explorados. A narrativa foi um pouco superficial, e senti uma falta de algo mais bem encaminhado. Há uma grande quantidade de personagens, e Bianca poderia ter desenvolvido eles melhores, não se restringindo apenas ao casal principal. A autora levou a história num ritmo legal, cativando o leitor, fazendo despertar sentimentos conflituosos, ao mesmo tempo que você queria jogar longe o livro por causa do que os personagens passavam, mas por outro lado você não conseguia parar de lê-lo. Só que chegou em um determinado momento, lá pelas cem últimas páginas, senti que a história desandou um pouco, acrescentando algumas situações que não eram precisas.
De qualquer forma, isso não desmereceu a leitura. A autora sabe tocar o leitor e apresentou algo que eu não esperava com o personagem Rafael, mas que de certa maneira deu um toque a mais a história como um todo. Por mais que eu soubesse que Rafael era um menino rebelde, por outro lado, sabia que lá no fundo, havia alguém especial. Havia alguém para ser resgatado. Um homem íntegro. E aí entra o papel de Viviane. A autora soube lidar com essa confusão de sentimentos de tal maneira que fizesse com que o leitor passasse a torcer pelo casal. Terminei o livro as lágrimas, pois o final realmente me tocou, pois o que ocorre é o tipo de coisa que eu prezo mais do que nada, e acredito que tendo como panorama tudo que acontecera, aquilo realmente fora algo a ser lembrado. Rafael e Viviane provam que o amor verdadeiro é possível, e que mudanças, por mais que difíceis, são algo que vale a pena ser conquistado. Bianca Briones ganhou meu carinho e é uma autora que deve ser conhecida! Venha perder uma batida também!
Autor/a: Bianca Briones
Série: Batidas perdidas do coração #1
Páginas: 402
Editora: Verus
Ano: 2014
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre. As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.
Avaliação: 4/5 estrelas
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Conflituoso talvez seja a palavra que define minha relação com a estreia de Bianca Briones. Sabe aquele livro que quando você inicia a leitura é como se iniciasse uma viagem de montanha-russa? Que por mais que você saiba como ele irá terminar, você não consegue desgrudar e ainda por cima se emociona pelos caminhos que a autora decide levar a história? Isto é Bianca Briones. Isto é As batidas perdidas do coração.
Viviane é uma jovem que acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Já Rafael teve seu pai assassinado há alguns anos e agora viu outra tragédia se abater sobre sua família.Viviane é totalmente o que Rafael não queria para sua vida. Rafael é tudo aquilo que ela deveria evitar. São totalmente opostos, mas a dor acaba os unindo. Por mais que soubessem que aquilo era errado, o sentimento acaba sendo mais forte, fazendo com que viajem num romance arrebatador.
A oportunidade para conhecer o trabalho de Bianca surgiu após eu ganhar o livro num sorteio que teve no encontro Amores de Papel sobre new adult. Na verdade, eu não sabia qual escolher, e como queria filho único (não série) e uma menina disse que este era legal, acabei escolhendo. Comecei a ler semanas depois e como disse no início da resenha: foi que nem andar de montanha-russa.
Por mais que eu soubesse que todo new adult tem a mesma sinopse, os mesmos elementos, isso não descaracteriza o trabalho de Bianca. A autora apresenta dois personagens totalmente diferentes e opostos, mas que encontram na dor uma chance de viver. Viviane faz o tipo patricinha; Rafael o rebelde. E o bacana é que a autora apresenta os dois lados da história: um capítulo é narrado por ela, outro por ele. São capítulos curtos, que são abertos por trechos de músicas (adorei a ideia!) que acabam cativando e quando você percebe, já está completamente envolvido pela história.
O que mais me incomodou e me fez tirar uma estrela da avaliação do livro é a narrativa e alguns acontecimentos que na minha opinião foram desnecessários, ou que se fosse o caso, poderiam ser melhor explorados. A narrativa foi um pouco superficial, e senti uma falta de algo mais bem encaminhado. Há uma grande quantidade de personagens, e Bianca poderia ter desenvolvido eles melhores, não se restringindo apenas ao casal principal. A autora levou a história num ritmo legal, cativando o leitor, fazendo despertar sentimentos conflituosos, ao mesmo tempo que você queria jogar longe o livro por causa do que os personagens passavam, mas por outro lado você não conseguia parar de lê-lo. Só que chegou em um determinado momento, lá pelas cem últimas páginas, senti que a história desandou um pouco, acrescentando algumas situações que não eram precisas.
De qualquer forma, isso não desmereceu a leitura. A autora sabe tocar o leitor e apresentou algo que eu não esperava com o personagem Rafael, mas que de certa maneira deu um toque a mais a história como um todo. Por mais que eu soubesse que Rafael era um menino rebelde, por outro lado, sabia que lá no fundo, havia alguém especial. Havia alguém para ser resgatado. Um homem íntegro. E aí entra o papel de Viviane. A autora soube lidar com essa confusão de sentimentos de tal maneira que fizesse com que o leitor passasse a torcer pelo casal. Terminei o livro as lágrimas, pois o final realmente me tocou, pois o que ocorre é o tipo de coisa que eu prezo mais do que nada, e acredito que tendo como panorama tudo que acontecera, aquilo realmente fora algo a ser lembrado. Rafael e Viviane provam que o amor verdadeiro é possível, e que mudanças, por mais que difíceis, são algo que vale a pena ser conquistado. Bianca Briones ganhou meu carinho e é uma autora que deve ser conhecida! Venha perder uma batida também!
Avalon High - Meg Cabot
domingo, 5 de julho de 2015
| 1 comentário
Marcadores:
Avalon High,
Galera Record,
Meg Cabot
Título: Avalon High
Autor/a: Meg Cabot
Série: Avalon High #1
Páginas: 352
Editora: Galera Record
Ano: 2009
Sinopse: AVALON HIGH pode não ser exatamente o lugar onde Ellie gostaria de estudar, mas até que não é tão ruim assim. Uma escola americana normal, freqüentada pelos mesmos tipos de sempre: Lance, o esportista; Jennifer, a animadora de torcida; e Will, o presidente da turma, jogador talentoso, bom moço... e muito charmoso! Mas nem todos em AVALON HIGH são o que parecem ser... nem mesmo Ellie, como ela logo vai descobrir. Depois de um esbarrão durante uma corrida no parque, os destinos de Ellie e Will parecem estar irremediavelmente entrelaçados. Ela começa a notar uma série de estranhas coincidências entre o seu cotidiano e a lenda do Rei Arthur – nomes similares, triângulos amorosos, sociedades secretas – mas qual seria seu verdadeiro papel nessa história? Como em Camelot, estariam seus novos amigos fadados a um trágico destino? E pior, o que ela pode fazer para impedir que uma profecia milenar se cumpra mais uma vez? Misturando fantasia, história e romance, Meg Cabot acerta mais uma vez. Uma versão inteligente e bem-humorada da lenda arthuriana
Avaliação: 4/5 estrelas
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Bom, quando se trata de livros da Meg, podemos esperar histórias divertidas. A autora já ganhou um cantinho especial na minha estante e na minha trajetória como leitor, e não podia deixar de ler Avalon High. Por sinal, era um dos livros que durante uma época estava bem curioso pela leitura. Mas aí acabei assistindo ao filme ao acaso, quando passava na Sessão da Tarde e a vontade acabou passando. Até que achei ele no sebo por um preço bem bacana, e como estava com saudades das histórias de Meg, decidi comprar. O livro veio bem a calhar!
Ellie Harrison acaba de se mudar para Avalon High, sua nova escola, por causa de uma licença de seus pais. Filha de medievalistas, Ellie tem o nome de uma personagem literária da lenda do Rei Arthur, a Senhora de Shalott, mais conhecida como Lady Elaine, que se matou porque Sir Lancelot gostava mais da rainha Guinevere do que dela. Sua vida se resume a ficar volta e meia mudando de cidades, já que os pais necessitam realizar pesquisas em determinados lugares e é obrigada a se acostumar a essas novas realidades. Em Avalon High, ela achando que seria uma tortura viver ali até conhecer Will, o presidente da turma e jogador talentoso. Seu coração acaba balançado por ele, mas Will tem uma namorada: Jennifer, que é animadora de torcida. Além disso, possui um melhor amigo: Lance. Enquanto Ellie se habitua a nova escola, algumas coisas estranhas começam a acontecer, levando ela a crer que talvez a lenda do Rei Arthur esteja acontecendo novamente. Pequenas coincidências que a fazem acreditar que todos estariam fadados a um destino trágico, como da primeira vez. Seria isso verdade?
Como disso inicialmente, a leitura veio num momento certo. Sabe quando você precisa de algo leve e fluido para passar o tempo? Avalon High possui ambas as qualidades. Li em apenas alguns dias. Uma história tranquila e bem humorada, sem grandes expectativas. No entanto, alguns pontos me desagradaram um pouquinho.
Como eu havia dito, já tinha assistido ao filme, então conhecia boa parte da história. Porém, os destalhes principais eu não lembrava então serviu para que eu criasse um pouco de expectativas em relação ao livro. Só que com o desenrolar da história, conforme íamos conhecendo o ambiente, a protagonista me desagradou um pouco. Ellie, por mais que quisesse bancar a durona e tudo mais, acaba se derretendo quando estava perto de Will. Isso se tornou mais evidente, já que a narrativa era em primeira pessoa. Por mais que eu soubesse que se tratava de um romance adolescente, mesmo assim ainda me irritou. De qualquer forma, tentei usufruir de outras maneiras.
Avalon High tem seu mérito por se apropriar da história medieval de maneira tão original e divertida. Não é de hoje que vemos inúmeras adaptações ou referências ao período medieval. Mesmo assim, Meg encontra seu ponto específico e consegue transformar o mesmo em algo inovador. Não vou dar muitos detalhes acerca disso, mas acredito que funcionou de maneira eficaz. Não vá esperando algo fantástico e brilhante: é um passatempo, mas de qualquer forma, serve como um incentivo para que quem quer se interessar por história! (ótimo material para se trabalhar em sala).
Um segundo ponto que me incomodou foi o desfecho. Quando cheguei ao final, lembrei do desfecho do filme e é totalmente diferente do livro. E acredite ou não, o do filme é melhor. Não que o do livro seja ruim, mas que quando o li, fiquei pensando se era aquilo mesmo. Achei-o muito corrido e senti falta de uma emoçãozinha a mais. A história tem continuação em mangá e quando surgi uma oportunidade, não pensarei duas vezes em não conferir. Avalon High tem seu mérito, mas não figurou na lista de livros favoritos da Meg. Da mesma maneira, quem tiver a oportunidade: confira!
Autor/a: Meg Cabot
Série: Avalon High #1
Páginas: 352
Editora: Galera Record
Ano: 2009
Sinopse: AVALON HIGH pode não ser exatamente o lugar onde Ellie gostaria de estudar, mas até que não é tão ruim assim. Uma escola americana normal, freqüentada pelos mesmos tipos de sempre: Lance, o esportista; Jennifer, a animadora de torcida; e Will, o presidente da turma, jogador talentoso, bom moço... e muito charmoso! Mas nem todos em AVALON HIGH são o que parecem ser... nem mesmo Ellie, como ela logo vai descobrir. Depois de um esbarrão durante uma corrida no parque, os destinos de Ellie e Will parecem estar irremediavelmente entrelaçados. Ela começa a notar uma série de estranhas coincidências entre o seu cotidiano e a lenda do Rei Arthur – nomes similares, triângulos amorosos, sociedades secretas – mas qual seria seu verdadeiro papel nessa história? Como em Camelot, estariam seus novos amigos fadados a um trágico destino? E pior, o que ela pode fazer para impedir que uma profecia milenar se cumpra mais uma vez? Misturando fantasia, história e romance, Meg Cabot acerta mais uma vez. Uma versão inteligente e bem-humorada da lenda arthuriana
Avaliação: 4/5 estrelas
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Bom, quando se trata de livros da Meg, podemos esperar histórias divertidas. A autora já ganhou um cantinho especial na minha estante e na minha trajetória como leitor, e não podia deixar de ler Avalon High. Por sinal, era um dos livros que durante uma época estava bem curioso pela leitura. Mas aí acabei assistindo ao filme ao acaso, quando passava na Sessão da Tarde e a vontade acabou passando. Até que achei ele no sebo por um preço bem bacana, e como estava com saudades das histórias de Meg, decidi comprar. O livro veio bem a calhar!
Ellie Harrison acaba de se mudar para Avalon High, sua nova escola, por causa de uma licença de seus pais. Filha de medievalistas, Ellie tem o nome de uma personagem literária da lenda do Rei Arthur, a Senhora de Shalott, mais conhecida como Lady Elaine, que se matou porque Sir Lancelot gostava mais da rainha Guinevere do que dela. Sua vida se resume a ficar volta e meia mudando de cidades, já que os pais necessitam realizar pesquisas em determinados lugares e é obrigada a se acostumar a essas novas realidades. Em Avalon High, ela achando que seria uma tortura viver ali até conhecer Will, o presidente da turma e jogador talentoso. Seu coração acaba balançado por ele, mas Will tem uma namorada: Jennifer, que é animadora de torcida. Além disso, possui um melhor amigo: Lance. Enquanto Ellie se habitua a nova escola, algumas coisas estranhas começam a acontecer, levando ela a crer que talvez a lenda do Rei Arthur esteja acontecendo novamente. Pequenas coincidências que a fazem acreditar que todos estariam fadados a um destino trágico, como da primeira vez. Seria isso verdade?
Como disso inicialmente, a leitura veio num momento certo. Sabe quando você precisa de algo leve e fluido para passar o tempo? Avalon High possui ambas as qualidades. Li em apenas alguns dias. Uma história tranquila e bem humorada, sem grandes expectativas. No entanto, alguns pontos me desagradaram um pouquinho.
Como eu havia dito, já tinha assistido ao filme, então conhecia boa parte da história. Porém, os destalhes principais eu não lembrava então serviu para que eu criasse um pouco de expectativas em relação ao livro. Só que com o desenrolar da história, conforme íamos conhecendo o ambiente, a protagonista me desagradou um pouco. Ellie, por mais que quisesse bancar a durona e tudo mais, acaba se derretendo quando estava perto de Will. Isso se tornou mais evidente, já que a narrativa era em primeira pessoa. Por mais que eu soubesse que se tratava de um romance adolescente, mesmo assim ainda me irritou. De qualquer forma, tentei usufruir de outras maneiras.
Avalon High tem seu mérito por se apropriar da história medieval de maneira tão original e divertida. Não é de hoje que vemos inúmeras adaptações ou referências ao período medieval. Mesmo assim, Meg encontra seu ponto específico e consegue transformar o mesmo em algo inovador. Não vou dar muitos detalhes acerca disso, mas acredito que funcionou de maneira eficaz. Não vá esperando algo fantástico e brilhante: é um passatempo, mas de qualquer forma, serve como um incentivo para que quem quer se interessar por história! (ótimo material para se trabalhar em sala).
Um segundo ponto que me incomodou foi o desfecho. Quando cheguei ao final, lembrei do desfecho do filme e é totalmente diferente do livro. E acredite ou não, o do filme é melhor. Não que o do livro seja ruim, mas que quando o li, fiquei pensando se era aquilo mesmo. Achei-o muito corrido e senti falta de uma emoçãozinha a mais. A história tem continuação em mangá e quando surgi uma oportunidade, não pensarei duas vezes em não conferir. Avalon High tem seu mérito, mas não figurou na lista de livros favoritos da Meg. Da mesma maneira, quem tiver a oportunidade: confira!
O noivo da minha melhor amiga - Emily Giffin
domingo, 28 de junho de 2015
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Emily Giffin,
Nova Fronteira,
Romance
Título: O noivo da minha melhor amiga
Autor/a: Emily Giffin
Páginas: 356
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2005
Sinopse: O Noivo da Minha Melhor Amiga conta a história de Rachel, uma jovem advogada de Manhattan. A moça, sempre vista por si mesma e por seus amigos como a "certinha" e bem-comportada, muda radicalmente no seu aniversário de trinta anos, após a festa oferecida por sua melhor amiga, Darcy. Meio deprimida por chegar aos trinta sem o marido e os filhos que imaginava ter a essa altura da vida, Rachel se excede na comemoração e termina a noite na cama com Dex, seu grande amigo de faculdade e noivo da sua melhor amiga. Até a noite em que ficou com Dex, Rachel era o modelo de filha e amiga perfeita, embora se visse como um fracasso. Nunca transgrediu as leis, nem mesmo as de horário de trabalho, ao contrário da egoísta, narcisista mas irresistível Darcy, em torno da qual Rachel e, posteriormente, Dex sempre orbitaram. Enquanto a boa moça e tímida Rachel teve alguns poucos namorados e conseguiu um emprego estável porém sem graça num escritório de advocacia, a linda e popular Darcy namorou todos os bonitões do colégio, construiu uma glamourosa carreira de Relações Públicas e sempre conseguiu tudo o que quis, inclusive manipular e obrigar Rachel a fazer o que desejava. E agora, após uma noite com o noivo da melhor amiga, Rachel acorda determinada a esquecer para sempre o fatídico encontro, mas acaba descobrindo que sempre amou Dex. E, apesar da amizade a Darcy, começa a perceber que ela não é exatamente o que se espera de uma melhor amiga. À medida que a data do casamento se aproxima, Rachel se desespera com a urgência da decisão que precisa tomar e acaba passando por uma profunda reavaliação de sua vida, para concluir que "certo" e "errado" são conceitos muito relativos. Narrado em primeira pessoa por Rachel, o livro ganha a simpatia do leitor pela empatia da protagonista, que expõe suas dúvidas e sentimentos de forma muito honesta e humana. E o final reserva grandes surpresas.
Avaliação: 5/5 estrelas
Comprar
Há alguns anos conheci o trabalho da Emily Giffin com Questões do coração. Depois veio Ame o que é seu e Presentes da Vida. Foi ao longo desse percurso que a autora foi ganhando pontos e conquistando um lugar especial na minha vida como leitor, principalmente pela sua maneira tranquila e profunda de tratar sentimentos e situações tão comuns ao nosso cotidiano. O noivo da minha melhor amiga, seu primeiro romance, era um daqueles livros que tinha certa curiosidade em ler, mas não estava mais disponível nas livrarias. Até que numa visita ao sebo, tudo mudou, já que havia um exemplar do livro em excelentes condições. Comprei e quase que dois meses depois, iniciei a leitura e...
Rachel é uma advogada que está prestes a fazer trinta anos. Sua melhor amiga, Darcy, está prestes a se casar com Dexter, colega de Rachel, sendo que esta o apresentou a amiga, logo, a advogada será a madrinha do casamento dos dois. No dia em que Rachel completa 30 anos, Darcy decide fazer uma festa surpresa para a amiga. Após todos irem embora e ficarem apenas Dexter e Rachel, entre umas bebidas e outras, os dois acabam dormindo juntos. No dia seguinte, Rachel se arrepende amargamente do que acontecera, ao mesmo tempo que descobre sentimentos desconhecidos por Dexter. Embora tenha que se manter longe de Dexter por causa de sua amizade por Darcy, Rachel acaba descobrindo que está apaixonado pelo velho e bom amigo da faculdade. Dexter e Rachel acabam que se encontrando mais vezes, e esta não sabe o que fazer. Como agir? Contar ou não contar para Darcy?
Emily Giffin mais uma vez pega um ponto comum do cotidiano e desenvolve de maneira comovente, por meio da jornada de uma mulher de 30 anos em busca da liberdade. Foi difícil se Rachel cativa desde os primeiros capítulos, seja pelo seu jeito tranquilo e determinado de ser. Por mais que eu soubesse que ela tinha feito algo errado, não foi por isso que deixei de gostar dela. Passei a gostar ainda mais. Não que eu aprove a traição da melhor amiga, mas porque foi graças a ela que Rachel deu um grito de liberdade, algo que não ocorreu naqueles 30 anos de vida. Isso poderia ter acontecido de qualquer outra forma. E conforme a história vai avançando, você percebe o quanto que aquilo mudara na vida da protagonista.
É uma história contada em primeira pessoa. Logo, podemos supor, pelo menos eu tive essa impressão, que Rachel vai muito bem contar a história sobre seu ponto de vista. Eu não estou recriminando a protagonista nem nada. Mas um adendo que tive ao longo da leitura era tentar pensar a situação sem a visão da advogada. Afinal, Rachel podia influenciar o leitor sobre sua opinião acerca de Darcy. De como a amiga sempre fora o centro das atenções. De como Rachel era aquela que sobrava. O mesmo caso ocorreu com Dom Casmurro, quando li no começo do ano.
O livro é bacana, cativa e mostra personagens complexos, mas que também são humanos. E humanos cometem erros. E Emily Giffin tem o dom de pegar tais elementos e construir uma história da vida real. Para não dizer que se tornou meu favorito, teve um único acontecimento na história que não me convenceu tanto assim. Acredito, que quando o leitor se depara com isso, acaba que influenciando seu julgamento acerca dos personagens. E Emily Giffin fez isso de propósito, com esse intuito. Fiquei refletindo se aquilo não tivesse acontecido. Qual seria a opinião de quem leria o livro? Terminei O noivo da minha melhor amiga com a certeza de que Emily Giffin conseguiu ganhar mais uns pontos comigo. Sua narrativa leve encanta e flui de tal maneira que só conseguimos parar quando chegamos ao final. Agora, fiquei com vontade de reler Presentes da Vida, que é a continuação e é contada sob o ponto de vista de Darcy.
Autor/a: Emily Giffin
Páginas: 356
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2005
Sinopse: O Noivo da Minha Melhor Amiga conta a história de Rachel, uma jovem advogada de Manhattan. A moça, sempre vista por si mesma e por seus amigos como a "certinha" e bem-comportada, muda radicalmente no seu aniversário de trinta anos, após a festa oferecida por sua melhor amiga, Darcy. Meio deprimida por chegar aos trinta sem o marido e os filhos que imaginava ter a essa altura da vida, Rachel se excede na comemoração e termina a noite na cama com Dex, seu grande amigo de faculdade e noivo da sua melhor amiga. Até a noite em que ficou com Dex, Rachel era o modelo de filha e amiga perfeita, embora se visse como um fracasso. Nunca transgrediu as leis, nem mesmo as de horário de trabalho, ao contrário da egoísta, narcisista mas irresistível Darcy, em torno da qual Rachel e, posteriormente, Dex sempre orbitaram. Enquanto a boa moça e tímida Rachel teve alguns poucos namorados e conseguiu um emprego estável porém sem graça num escritório de advocacia, a linda e popular Darcy namorou todos os bonitões do colégio, construiu uma glamourosa carreira de Relações Públicas e sempre conseguiu tudo o que quis, inclusive manipular e obrigar Rachel a fazer o que desejava. E agora, após uma noite com o noivo da melhor amiga, Rachel acorda determinada a esquecer para sempre o fatídico encontro, mas acaba descobrindo que sempre amou Dex. E, apesar da amizade a Darcy, começa a perceber que ela não é exatamente o que se espera de uma melhor amiga. À medida que a data do casamento se aproxima, Rachel se desespera com a urgência da decisão que precisa tomar e acaba passando por uma profunda reavaliação de sua vida, para concluir que "certo" e "errado" são conceitos muito relativos. Narrado em primeira pessoa por Rachel, o livro ganha a simpatia do leitor pela empatia da protagonista, que expõe suas dúvidas e sentimentos de forma muito honesta e humana. E o final reserva grandes surpresas.
Avaliação: 5/5 estrelas
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Há alguns anos conheci o trabalho da Emily Giffin com Questões do coração. Depois veio Ame o que é seu e Presentes da Vida. Foi ao longo desse percurso que a autora foi ganhando pontos e conquistando um lugar especial na minha vida como leitor, principalmente pela sua maneira tranquila e profunda de tratar sentimentos e situações tão comuns ao nosso cotidiano. O noivo da minha melhor amiga, seu primeiro romance, era um daqueles livros que tinha certa curiosidade em ler, mas não estava mais disponível nas livrarias. Até que numa visita ao sebo, tudo mudou, já que havia um exemplar do livro em excelentes condições. Comprei e quase que dois meses depois, iniciei a leitura e...
Rachel é uma advogada que está prestes a fazer trinta anos. Sua melhor amiga, Darcy, está prestes a se casar com Dexter, colega de Rachel, sendo que esta o apresentou a amiga, logo, a advogada será a madrinha do casamento dos dois. No dia em que Rachel completa 30 anos, Darcy decide fazer uma festa surpresa para a amiga. Após todos irem embora e ficarem apenas Dexter e Rachel, entre umas bebidas e outras, os dois acabam dormindo juntos. No dia seguinte, Rachel se arrepende amargamente do que acontecera, ao mesmo tempo que descobre sentimentos desconhecidos por Dexter. Embora tenha que se manter longe de Dexter por causa de sua amizade por Darcy, Rachel acaba descobrindo que está apaixonado pelo velho e bom amigo da faculdade. Dexter e Rachel acabam que se encontrando mais vezes, e esta não sabe o que fazer. Como agir? Contar ou não contar para Darcy?
Emily Giffin mais uma vez pega um ponto comum do cotidiano e desenvolve de maneira comovente, por meio da jornada de uma mulher de 30 anos em busca da liberdade. Foi difícil se Rachel cativa desde os primeiros capítulos, seja pelo seu jeito tranquilo e determinado de ser. Por mais que eu soubesse que ela tinha feito algo errado, não foi por isso que deixei de gostar dela. Passei a gostar ainda mais. Não que eu aprove a traição da melhor amiga, mas porque foi graças a ela que Rachel deu um grito de liberdade, algo que não ocorreu naqueles 30 anos de vida. Isso poderia ter acontecido de qualquer outra forma. E conforme a história vai avançando, você percebe o quanto que aquilo mudara na vida da protagonista.
É uma história contada em primeira pessoa. Logo, podemos supor, pelo menos eu tive essa impressão, que Rachel vai muito bem contar a história sobre seu ponto de vista. Eu não estou recriminando a protagonista nem nada. Mas um adendo que tive ao longo da leitura era tentar pensar a situação sem a visão da advogada. Afinal, Rachel podia influenciar o leitor sobre sua opinião acerca de Darcy. De como a amiga sempre fora o centro das atenções. De como Rachel era aquela que sobrava. O mesmo caso ocorreu com Dom Casmurro, quando li no começo do ano.
O livro é bacana, cativa e mostra personagens complexos, mas que também são humanos. E humanos cometem erros. E Emily Giffin tem o dom de pegar tais elementos e construir uma história da vida real. Para não dizer que se tornou meu favorito, teve um único acontecimento na história que não me convenceu tanto assim. Acredito, que quando o leitor se depara com isso, acaba que influenciando seu julgamento acerca dos personagens. E Emily Giffin fez isso de propósito, com esse intuito. Fiquei refletindo se aquilo não tivesse acontecido. Qual seria a opinião de quem leria o livro? Terminei O noivo da minha melhor amiga com a certeza de que Emily Giffin conseguiu ganhar mais uns pontos comigo. Sua narrativa leve encanta e flui de tal maneira que só conseguimos parar quando chegamos ao final. Agora, fiquei com vontade de reler Presentes da Vida, que é a continuação e é contada sob o ponto de vista de Darcy.