Título: O céu está em todo lugar
Autora: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito
Páginas: 424
Ano: 2011
Sinopse: Lennie Walker, de dezessete anos de idade, gasta seu tempo de forma segura e feliz às sombras de sua irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre abruptamente, Lennie é catapultada para o centro do palco de sua própria vida - e, apesar de sua inexistente história com os meninos, inesperadamente se encontra lutando para equilibrar dois. Toby era o namorado de Bailey, cujos sentimentos de tristeza Lennie também sente. Joe é o garoto novo da cidade, com um sorriso quase mágico. Um garoto a tira da tristeza, o outro se consola com ela. Mas os dois não podem colidir sem que o mundo de Lennie exploda...
Comprar
Lennie Walker era uma garota de dezessete anos, irmã de Bailey. Para Lennie, a irmã era como um porto seguro. Porém, a morte repentina da irmã coloca Lennie em situação de sofrimento e desespero. Não sabendo o que fazer, ela acaba se aproximando cada vez mais de Toby, namorado de Bailey. Ao mesmo tempo surge Joe, um novo garoto na escola, que também mexe com seus sentimentos. Confusa, Lennie precisa superar a morte da irmã e decidir o caminho para seu coração...
O livro tem todas as características para ser apenas mais um romance meloso e clichê, sem nada a acrescentar em nossas vidas. Contudo, ele é clichê, mas de uma maneira positiva, e que acrescenta muito em nossas vidas.
Começo comentando a narrativa da autora, que foi algo que me encantou profundamente. Escrito em primeira pessoa, a narrativa de Jandy é tão emotiva que é dificil não se emocionar. Confesso que grande parte do livro, eu lia a história com o coração apertado, aquela sensação de agonia dentro de mim. Lennie é uma ótima protagonista, mas cheia de dúvidas, incertezas. Jandy explora ao máximo, fazendo com que sintamos aqueles medos, aqueles temores como se pertencessem a nós, e não a Lennie.
O surgimento de Toby e Joe aprofundam mais isso, principalmente Toby. Nessas horas eu pensava, "meu Deus, como ela pode ser assim? Tão indecisa!", mas ao mesmo tempo eu entendia o lado de Lennie e o que Jandy queria passar. A dor da perda, no caso para Lennie, que tinha em Bailey, uma bússola, um porto seguro. Era díficil, mas eu conseguia entender que Lennie fez o que fez, apenas para completar a falta que a irmã fazia. Ambos queriam matar a saudades que sentiam de Bailey, nada de mais.
Outra coisa que chamou a atenção, e que achei legal eram as mensagens no inicio de cada capítulo. Aquelas mensagens eram como uma ducha de água fria para mim. Se antes eu achava Lennie uma enjoada, cada vez que eu lia um pedaço de seus pensamentos, o arrependimento batia na mesma hora e eu passava a compreender Lennie, a querer ajuda-la.
A paixão por literatura e música é algo marcante em Lennie. Adorei as diversas comparações dela com os romances durante a narrativa. Diversas vezes ela citava o desejo de ter um amor que nem o e Catherine e Heatcliff, do Morro dos Ventos Uivantes, que alias era seu livro favorito. Sentir aquela paixão avassaladora. A aptidão para a música, algo marcante na protagonista.
Ao longo de quatrocentas páginas, Jandy nos encanta, emociona e encanta novamente. O céu está em todo lugar é o livro perfeito para ler aos poucos (apesar de eu ter lido um pouco rápido), ser desfrutado, curtir mesmo a história. Terminei o livro com o sentimento de dever cumprido. Tudo nos encanta no livro de Jandy. Até mesmo o próprio livro, fisicamente, que nunca tinha visto algo igual. Capa dura, fonte em azul, inicio de capítulo com imagens de céu e uma mensagem, pensamento de Lennie, escrito em qualquer coisa, desde papéu de bala até numa partitura. É uma história que vou guardar com carinho, e um livro que será dificil de esquecer.
Extra: Projeto do Blog Lili Escreve
Ahhh eu queria te bater quando você disse que Lennie era enjoada. Como assim?
ResponderExcluirEla é uma jovem confusa e com uma dor gigante. EM crise de identidade.
Mas fico feliz que o salde tenha sido positivo.
Pode ser porque eu seja mulher, pode ser porque eu seja mais velha.
Esse livro para mim é fantástico, de uma profundidade que eu não consigo pôr em palavras. E para mim, nem um pouco clichê.
Mas eu perdôo hahhaha
liliescreve.blogspot.com
Concordo com a Lili, também não a achei a Lennie enjoada, tampouco achei o livro clichê. Acho que realmente tenha a ver o fato de eu e a Lili sermos mulheres hehehe, fica mais fácil de compreendermos os sentimentos dela. Não que homens não tenham essa capacidade, é só pelo fato de pensarmos e agirmos de formas diferentes.
ResponderExcluirGostei demais da maneira de como ela abordou os conflitos internos da Lennie e da narrativa poética que ela utiliza!
Eu também adorava as citações literárias, até porque ela fala de vários clássicos!
Beijão!
Oi!
ResponderExcluirEu gostei muito desse livro, apesar de que esperava mais. Não achei a Lennie enjoada e nem achei o livro muito clichê, apenas em alguns momentos.
Mas o ponto alto do livro pra mim foi a narrativa poética que a autora usou. Eu achei incrível.
Parabéns pela resenha!
Abraço!
"Palavras ao Vento..."
www.leandro-de-lira.com
Minha prima leu esse livro e disse que era muito bom, queria que eu lesse, mas com uma pilha enorme que tenho que ler fica difícil rs.
ResponderExcluirAinda vou ler, gostei da resenha, você destacou pontos bons na narrativa, parabéns.
Abraços,
Gustavo Valim
Jantando Livros
http://jantandolivros.blogspot.com.br/