Título: A casa que amei
Autora: Tatiana de Rosnay
Editora: Suma de Letras
Páginas: 224
Ano: 2012
Sinopse: Paris, 1860. Centenas de casas estão sendo demolidas e bairros inteiros reduzidos a pó. Por ordem do imperador Napoleão III, o Barão de Haussmann dá início a uma série de renovações que alteram para sempre a cara da antiga capital. As reformas apagam a história de gerações, mas, em meio ao tumulto, uma mulher resiste. Rose Bazelet é uma viúva parisiense há anos de luto pela morte do marido. Mesmo assim, mantém uma vida movimentada com amigos e uma rotina que a satisfaz. Quando sua casa é posta na linha de destruição pela modernização parisiense, ela se desespera e não se conforma. Ela está determinada a lutar até as últimas consequências contra a derrubada de sua casa, que guarda tantas lembranças de sua família. Enquanto outros moradores fogem, Rose se recusa a sair e inventa histórias para despistar os amigos, se escondendo no porão da casa. Sua única companhia é Gilbert, um maltrapilho que a visita e lhe traz comida. Numa tentativa de superar a solidão do dia a dia, ela começa a escrever cartas a Armand, seu marido já falecido. À medida que mergulha nas lembranças, em meio às ruínas, Rose é obrigada a enfrentar um segredo que esconde há trinta anos. Conforme o dia da demolição se aproxima, seus relatos ficam mais comoventes e surpreendentes. Enquanto enfrenta o passado, ela também tem que lidar com os sentimentos conflitantes que nutre pelos filhos. Com Violette, sua filha mais velha, tem um relacionamento distante. Baptiste, por outro lado, é um filho que ama intensamente, mas que lhe deixou feridas difíceis de serem superadas.
Avaliação: 4/5 estrelas
A casa que amei foi um livro que peguei por acaso. Estava na biblioteca quando eu vi ele na estante, achei interessante a capa e decidi levar. Já ouvira falar de outro trabalho da autora, A chave de Sarah, e decidi encarar esse. E não me arrependi. Por ser um livro curto, não vou me alongar muito na resenha.
Tatiana nos leva a um tempo distante, em que Paris passa por uma revitalização brusca, mas que definiu o que conhecemos hoje. O imperador da época, Napoleão III, dá ordens ao Barão de Haussmann para realizar mudanças que acabam mudando a cara da antiga capital e a transforma em outra totalmente diferente. Gerações e histórias do passado são apagadas, mas alguém no meio de todas as pessoas é contra tudo isso. Rose Bazelet vive em sua casa, quando fica sabendo da notícia. Disposta a enfrentar e evitar que isso aconteça, ela se esconde no porão de sua casa. Sua única companhia é um maltrapilho, Gilbert, que lhe faz companhia e lhe traz comida. Como maneira de passar o tempo, ela escreve cartas ao marido falecido, Armand, relembrando tudo o que havia passado nos últimos tempos. Só que ao mesmo tempo que ela luta pela preservação de sua memória, ela tem que enfrentar um segredo do seu passado que pode mudar a sua vida.
Posso dizer que o mais me encantou foi a capa e principalmente a sinopse. Passei um semestre estudando a importância de preservar o passado e dar atenção aos "marginalizados" e esquecidos. Quando li a sinopse do livro, na mesma hora pensei nas minhas aulas. Ler A casa que amei é uma maneira de reviver tudo que aprendi e o que posso ainda compreender.
A narrativa de Tatiana é fluida e sentimental ao mesmo tempo. Apesar de serem cartas para o marido, conforme a história adentra, se torna quase que um diário. Os conflitos e sentimentos da personagens, as relações com os filhos, o amor que ela sentia pelo marido são coisas que tornam o livro belo e gostoso de ser lido.
O fato que mais me incomodou foi um pouco mais de ação na história. Por ser uma história muito narrada, em alguns momentos se mostrou um pouco cansativa e monótona. Contudo, Tatiana consegue criar uma personagem forte, determinada, mas atormentada pelo passado, que cria no leitor o sentimento de coragem mais ao mesmo tempo de medo, de insegurança. E isso somando aos elementos históricos que permeiam a narrativa da autora, a situação da época, tornam o livro único e verdadeiro.
Terminei o livro satisfeito e curioso para saber mais sobre as obras da autora e sobre o período abordado. Imagine quantas histórias e quantos segredos foram "esquecidos" durante essa grande mudança que ocorreu na capital francesa? É, como diz o outro "é pano para muita manga". Quem gosta do gênero, vale a pena a leitura.
Adoro livros de cunho histórico :D
ResponderExcluirA sinopse e a sua resenha me deixaram interessada na obra.
Parabéns pela resenha!
Abraços!
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Lucas, parabéns pelo seu blog, achei interessantíssimo! Sucesso!
ResponderExcluirGostei da sinopse deste livro; eu não o conhecia, mas vou procurar um exemplar para ler no futuro.
ResponderExcluirAbraço.