Título: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Série: The Selection #1
Editora: Seguinte
Páginas: 368
Ano: 2012
Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.
Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.
Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.
Classificação: 5/5 estrelas
Desde o sucesso de Jogos Vorazes, as distopias tem tomado
conta das prateleiras de livrarias. Todos os meses, livros com esse gênero são
lançados, de todos os formatos, estilos e autores. Além disso, entre muitos
deles, há aqueles que tem a sorte de ganhar adaptações, sejam cinematográficas,
ou na televisão. A Seleção quase que entra na segunda opção, mas não foi dessa
vez. Teve um projeto divulgado pela CW, emissora de televisão (responsável por
The Vampire Diaries e Gossip Girl), o elenco foi divulgado, o piloto foi
gravado (não tenho certeza), mas por algum motivo que desconheço foi cancelada
antes mesmo de ir ao ar.
A Seleção foi mais um daqueles livros sortudos, que eu
encontrei com um preço quase que dado (10 reais). Não resisti e comprei. Já
fazia um bom tempo que eu queria lê-lo, mas acabei deixando de lado. Demorei
algumas semanas para começar a lê-lo, e quando comecei, mal consegui parar.
Estamos em Illéa, antigo Estados Unidos, que após uma guerra, deu lugar ao Estado Americano da China e por fim, a Illéa. Nessa cidade, a sociedade é dividida em castas, sendo que cada uma delas é responsável por algum serviço, como ser artista, carpinteiros, entre outros. É aqui também que ocorre A Seleção, momento único para várias garotas. É ali que elas concorrem entre si, onde podem conquistar, além de palácios, vestidos e joias deslumbrantes, o coração de Maxon, príncipe e futuro rei de Illéa.
America é uma dessas garotas. Na verdade, ela nunca quis tentar. Ela tinha um romance escondido com Aspen, jovem de uma casta abaixo da dela. Para satisfazer a vontade da mãe, ela acaba se inscrevendo. Só que não esperava que seu nome saísse entre as Selecionadas.
Tem resenhas que são tão fáceis de escrever. Outras mais
difíceis. A Seleção se encontra na segunda opção. O mais difícil é descrever de
maneira breve o quanto que eu gostei do livro. O quanto que eu fiquei triste
quando terminou, e eu não tinha A Elite para ler logo em seguida. O quanto que
eu torci pelos personagens.
A Seleção está na categoria de distopias, mas com o decorrer da leitura, se mostrou algo totalmente diferente. Não é que eu tenha me decepcionado com a história; ela me surpreendeu em diversos outros sentidos. Está mais para um romance, na realidade. Temos fome, temos miséria. Mas também temos cenas de amor e romance, que acabam ganhando mais destaque. Kiera Cass nos apresenta de maneira singela e compreensível, seu mundo, seu universo.
America foi aquela personagem que no primeiro capítulo tive vontade de dar umas sacudidas nela pelo simples fato de ela se mostrar tão infantil. Podem me chamar de anti-sentimentalista, mas deixar uma oportunidade como a Seleção para ficar com Aspen, sabendo de todas as dificuldades que ela passaria caso se casasse com ele? Não mesmo. Contudo, por outro lado, sou totalmente a favor de que uma relação tem que ser construída na base do amor, mas não era por amor o que Aspen estava fazendo?
Porém, com o desenrolar da história, fui me descobrindo com outra America, uma garota simples, que não se deixava levar pelas opiniões dos outros, que olhava para o próximo, como se fosse um igual, não importava a classe ou a ocupação dele. Além disso, simpática, cativante e determinada. Com o desfecho da história, estava completamente apaixonada pela protagonista.
Li uma resenha do livro que comparava A Seleção com Jogos Vorazes. Quem lê os dois, vê as semelhanças na cara. Podemos chamar A Seleção, um “jogos vorazes de saia”. Só que enquanto Suzanne Collins faz o leitor sofrer de maneira tão agoniante com os personagens, Kiera Cass faz o leitor torcer pelos seus personagens. Enquanto um foca mais na distopia, o outro no romance.
Claro que alguns pontos do livro são previsíveis e clichês, como as participantes da Seleção. Temos a que se acha mais que o necessário (Celeste), temos a amiga verdadeira (Marlee) e outras 33 meninas de diferentes maneiras e jeitos de ser. Além disso, um ponto positivo na história é que a relação entre elas era de amizade e companheirismo (tirando a Celeste), e não de competição.
Se eu achava que America e Aspen tinham química, mudei meu conceito quando Maxon entrou na história. A partir disso é que se formou o casal perfeito. Tanto que minhas cenas favoritas eram entre eles, a amizade que surgiu entre eles, a lealdade, os momentos de brincadeira, de companheirismo eram tão belos e bacanas de serem lidos.
A Seleção é um livro que vale a pena ser descoberto. Não
temos cenas tão bombásticas e reveladoras, mas tem-se cenas realmente
tranquilas e prazerosas de serem lidas. Não sei muito o que esperar do restante
da trilogia (ou série?), já que em apenas alguns momentos é que se percebe
algumas pontas e perguntas para os próximos livros, A Elite e The One. No mais,
só tenho a recomendar.
Ah, A seleção estava na minha lista de compras na Bienal, mas o preço não estava nem um pouco atraente para ser selecionado. Nem com os vestidinhos azuis da capa para serem provados e tirar foto.
ResponderExcluirParece bem legal mesmo. Quero ler depois, então!
liliescreve.blogspot.com