A bússola de Ouro: mágico e confuso

                Ontem a tarde terminei de assistir o filme a Bússola de ouro. Depois de muito tempo querendo assisti-lo, esse final de semana tive a chance. E confesso, me decepcionei um pouco.
               Eu já havia lido o livro alguns anos atrás, e para quem não sabe, A bússola de Ouro faz parte de uma trilogia   ("Fronteiras do Universo, de Phillip Pullman"), na qual os outros dois volumes são A faca Sutil e A luneta Âmbar. Mas vamos ao filme (só um recado: quem não assistiu o filme ainda, não deve ler abaixo, porque não posso deixar de colocar spoilers).

Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards) é uma órfã que foi criada na Universidade Oxford. No mundo em que vive todas as pessoas têm um "daemon", ou seja, uma manifestação de sua própria alma em forma animal. Lyra leva uma vida tranqüila até ela e seu daemon, Pantalaimon, descobrirem a existência de uma substância misteriosa chamada "pó". Isto provoca um estranho efeito nas crianças, o que faz com que as autoridades religiosas se convençam de que representa o mal. Seguindo o misterioso Lorde Asriel (Daniel Craig), seu protetor, Lyra parte em busca de uma resposta. Em Londres ela descobre que diversas crianças estão desaparecendo, entre elas Roger (Ben Walker), seu melhor amigo. Com a ajuda de um instrumento ancestral, que se parece com uma bússola de ouro, ela parte numa jornada que pode alterar o mundo para sempre. 

                É um filme mágico de assistir. Cheio de efeitos especiais, dá para sentir na pele a magia que envolve o filme. A busca pelo significado do Pó, as cenas dos dimons, quando surge Iorek (destaque para a amizade dele com Lyra: muito fofa). O mistério do paradeiro das crianças, a luta entre os ursos polares, são coisas que tornam o filme um pouco atrativo.
                É um filme cheio de segredos, que ao longo do filme são revelados. Porém, o filme se torna um pouco confuso, devido ao fato de que na verdade, não se explica realmente o que é o Pó, e outras falhas. Sinceramente, quando terminou o filme e começou os créditos, eu pensei: Só isso? Eu achava que Lyra iria encontrar Lorde Asriel e teria uma outra batalha, mas não teve nada disso. Muito sem graça.
                Na minha opinião, acho que o mais certo quando se vai adaptar uma saga, que façam o filme de todos os livros. Não apenas de um.  Já não é a primeira vez que isso ocorre. Eragon e O ladrão de Raios são outros exemplos. Se bem que já está confirmado a sequência de O ladrão de Raios, O Mar de Monstros, mas até sair os cinco livros, os autores já estarão com quase trinta anos. Ai o que acontece? O filme se torna confuso, não tem um final propriamente dito. Diferente de Crepúsculo, Harry Potter e Jogos Vorazes. Foram confirmados desde sempre todos os livros. Ai sim fica melhor.
               Apesar disso, é um filme que vale muito a pena assistir pela magia que o envolve. Depois que terminei de assisti-lo, andei dando uma olhada nos especiais. Achei muito interessante o modo que fizeram para colocar os dimons no filme. De cada personagem, o desafio de contracenar com um boneco verde (como Dakota fala...).