Autora: Agatha Christie
Editora: LPM Pocket
Ano: 2011
Páginas: 239
Sinopse: Mr. Shaitana é famoso pela extravagância das festas que promove, bem como pelo sutil e incômodo temor que inspira a todos os que o rodeiam. Razões suficientes para instilar as maiores reservas ao recatado Hercule Poirot. Mas quando Shaitana revela ao detetive considerar o assassínio como uma forma de arte e seguidamente o convida para jantar, Poirot não resiste e aceita o convite, curioso que está acerca da misteriosa coleção do seu anfitrião. Fazendo jus à fama que o rodeia, Shaitana consegue que a festa supere todas as expectativas.
De fato, o que começa por ser uma absorvente noite de bridge vem a transformar-se num jogo de vida ou morte.
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Hoje a resenha pertence a rainha do crime, Agatha Christie. Curiosamente não leio um livro dela há um ano. Não foi exatamente uma promessa, mas um desejo que tenho em relação aos livros dela. Para não acontecer que nem com o Sidney Sheldon, que quando comecei a gostar, li todos os livros dele de uma vez só, um atrás do outro. Resultado: não tenho quase nenhum livro dele para ler ainda. Cartas na mesa estava dando bobeira aqui na estante, e peguei para ler.
Mrs. Shaitana sempre teve um gosto peculiar pelas coisas. Certo dia, recebe a visita de Hercule Poirot, velho conhecido seu. Ambos conversam, e logo Poirot percebe a predileção do anfitrião pela morte, pelos assassinatos, principalmente aqueles que tiveram grande repercussão. A partir daí, Shaitana sugere um jantar para mostrar ao amigo a coleção de peculiaridades que possuia em seu acervo. Bom, na semana seguinte, o tal jantar ocorre, com a presença de outras pessoas além de Poirot. Logo após o jantar, decidem jogar bridge. O anfitrião se recusa a jogar, e por isso senta na poltrona da sala, descansando enquanto os convidados jogam uma partida. Algumas horas depois, estranham a inconsciencia de Shaitana e decidem averiguar. Mrs. Shaitana estava morto. E o pior, assassinado.
Começamos mais uma trama de crimes. Temos todos os elementos básicos: um corpo, o detetive, testemunhas, suspeitos e o assassino. Além disso, a arma utilizada, o ambiente. Geralmente isso é de praxe nos livros de Agatha. Em algum deles, isso torna a trama mais instigante. Porém não foi o caso desse.
É dificil explicar o porque da decepção. Digo que faltou um pouco de originalidade nesse livro. Como eu disse anteriormente, temos o cenário de praxe, todos os ingredientes de um crime. Entretanto, por mais que muitas vezes isso ocorra, não é todo livro que se torna uma decepção para o leitor. Cartas na Mesa não foi uma decepção total, mas eu esperei mais do livro.
Outro ponto que incomodou foi as indas e vindas da história. Ok, temos um assassinato e vários suspeitos. É normal que as testemunhas conversem entre si, formulando hipóteses, e indicando suspeitos. Só que não a maior parte do livro. E assim, se realmente for ver, essas conversas não levavam a lugar algum. Acabava sempre voltando a estaca zero. Não tinhamos nenhuma surpresa, ou nada que fizessemos querer virar a página para saber o que iria acontecer.
Uma terceira observação que faço é o nosso querido detetive Hercule Poirot. Sinceramente, achei que Poirot era um personagem secundário. Ele nem aparece no livro direito. Quem rouba a cena é o superintedente Battle, que o ajuda a desvendar um crime sem saída. Nesse livro, todos são suspeitos, mas nem todos tinham motivos para assassinar Shaitana. Pelos menos, nenhum conhecido por Battle e Poirot. Devo dizer que Poirot as vezes faz coisas sem sentido, mas que no final tem uma explicação um tanto óbvia.
Temos a presença cativante da Mrs. Ariadne Oliver, romancista e amiga de Poirot, e que já apareceu em outros livros do detetive.
Para ser sincero, as últimas cinquenta páginas do livro é o que realmente vale a pena. É quando a história começa a se desenrolar, e o quebra cabeça começar a ser montado. Tiro o chapéu para Agatha que consegue nos surpreender no final, apesar de ter sido um pouco corrido. Cartas na Mesa é apenas mais um caso de Hercule Poirot. Para os fãs de Agatha, é apenas passatempo. Para outros, não indicaria esse livro, e sim outros. Mas mesmo assim, não deixem de ler e tirar suas próprias conclusões!
As postagens voltam ao normal na terça feira! Desejo a todos um ótimo feriado e um carnaval maravilhoso!
Oi Lucas!
ResponderExcluirPense assim: vai demorar para você esgotar suas leituras da Agatha, ela tem mais de 80 livros publicados!
Uma pena que esse não tenha te agradado tanto e que você tenha ficado com essa sensação de falta de originalidade. Mas ela merece uma colher de chá: acho que é praticamente humanamente impossível ser original em mais de 80 livros do mesmo estilo hehe.
Ainda assim, deixarei esse mais para trás na minha lista de desejados dela.
Beijos!
Oi, Lucas!
ResponderExcluirJá ouvi falar sobre os livros da Agatha, mas não tinha a oportunidade de conhecer. Mas parece ser o tipo de leitura que me agrada bastante.
Beijos!
Nunca li Agatha Christie, acredita?
ResponderExcluirVou escolher um e ler.
Gostei da resenha, abraços.
Gustavo Valim
Jantando Livros
http://jantandolivros.blogspot.com.br/