O caso Rembrandt - Daniel Silva

terça-feira, 12 de março de 2013 Marcadores: ,

Título: O caso Rembrandt
Autor: Daniel Silva
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Ano: 2012
Avaliação: 4/5
Sinopse: Em Glastonbury, na Inglaterra, um restaurador de arte é assassinado e a obra em que trabalhava – um quadro de Rembrandt nunca exposto – é misteriosamente roubada. O renomado negociante de arte Julian Isherwood sabe que só existe uma pessoa capaz de encontrar o quadro e levar os criminosos à justiça: o espião israelense e restaurador de arte Gabriel Allon. Após sofrer um atentado, tudo o que Gabriel quer é cortar de uma vez por todas os laços com o serviço de inteligência internacional de seu país, também conhecido como “Escritório”. Mas parece que o mundo das operações secretas ainda não está pronto para deixá-lo em paz. Apesar de sua relutância, ele acaba sendo persuadido a assumir o caso. Ao seguir meticulosamente as pistas que o levam a Amsterdã, a Buenos Aires e, por fim, a uma mansão às margens do lago Genebra, Gabriel descobre segredos perturbadores relacionados ao roubo. Neste intricado quebra-cabeça, a pintura de Rembrandt é a peça-chave que o ajudará a desmascarar uma conspiração capaz de pôr em risco a paz mundial.
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Um suspense histórico sempre me agradou. Não importa a época em que se passe, mas viajar no passado sempre é uma fonte de conhecimento e saber. E foi isso que pensei quando comecei a ler O caso Rembrandt. Confesso que a sinopse lembrava um pouco Dan Brown, mas mesmo assim não pensei em duas vezes ao lê-lo. E não me arrependi.

Temos um ponto de partida ótimo. Um assassinato, um roubo de um quadro de Rembrandt, até então desconhecido. Uma série de segredos que permeiam esse quadro e que pessoas querem manter em segredo a qualquer custo. Nem que para isso tenham que matar. É isso que Gabriel Allon, ex-espião israelense e restaurador de arte encontrar ao aceitar a ideia de Julian Isherwood, negociador de arte, para encontrar o quadro. Só que essa busca leva a caminhos e segredos nunca descobertos, e a perigos também.

Quando comecei a leitura, afirmo que estava um pouco entendiado da leitura. Sabe o que é, começar a ler um livro, ler umas dez páginas e não conseguir se envolver e se concentrar na leitura? Parei de ler Los Angeles justamente por causa disso, e comecei O caso Rembrandt com o objetivo de ver se algo ressurgia dentro de mim. E funcionou.

Olha, quando dizem que conversa tem baraço, ninguém acredita. Mas depois que lerem esse livro, vão ter que concordar, tem sim. E muito. Começamos o livro com apenas algumas certezas e várias dúvidas. Em compensação, depois de algumas cem páginas, você fica de cara quando vê o que desencadeia. Sério, eu tinha uma certa impressão do livro. Achei que voltaríamos a época de Rembrandt e tal, mas estava totalmente enganado. O livro tem como pano de fundo a Segunda Guerra, isso sim. Fiquei um pouco admirado, mas mesmo assim não estragou minha surpresa e minha expectativa.

A narrativa de Daniel é ágil e sem meias palavras. Claro, ele prepara o terreno antes de soltar a bomba, mas não torna a leitura cansativa. Apesar disso, o livro é rico em detalhes e personagens, o que acaba deixando a leitura um pouco confusa. Tive que voltar algumas vezes para entender melhor. O livro é cheio de detalhes, confesso, mas é algo positivo. Depois você vê que aquilo apenas torna o livro mais rico. Porém, fica uma dica: ele podia tornar a narrativa mais compreensiva em alguns momentos da história. Quem lê o livro, fica de cara aonde a história leva, e por causa disso, muitas vezes acabamos não entendendo o que ele quis dizer.

Uma coisa que não gostei, e talvez seja o motivo de ter tirado uma estrelinha, é ter deixado de lado o negociante de arte, o Julian. Ele aparece somente no começo com Gabriel e depois some. Simplesmente achei que ele teria um papel fundamental na história, mas me enganei. Sinceramente, não gostei disso.

Temos momentos de êxtase, de grandes revelações, surpresas durante a leitura. Além disso, fazemos uma viagem pelo livro. Vamos até Genebra, e damos uma passada na Inglaterra, sem falar nos outros lugares. O caso Rembrandt não deixa a desejar. Para quem gosta de um livro de suspense, com direito a espionagem e outras coisas do gênero, é uma ótima pedida.


2 comentários:

  1. Oi Lucas!
    Estou vendo comentários muito bons sobre o livro e ficando cada vez mais curiosa pra lê-lo.
    Acho que os detalhes são primordiais em histórias assim e, quando bem trabalhados, fazem do livro grandioso.
    Espero poder ler e ser envolvida dessa maneira pelo enredo!
    Beijão!

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  2. Eu já tinha visto algumas resenhas desse livro e ele parece bem legal.
    Confesso que porém o que mais me chama atenção é o nome do autor, sempre fico pensando que ele DEVERIA ser brasileiro.

    Ah, obrigada pela companhia ontem!

    Beijos
    liliescreve.blogspot.com

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