Título:
Luuanda – estórias
Autor: José
Luandino Vieira
Editora:
Companhia das Letras
Páginas: 138
Ano: 2006
Sinopse: Três belas "estórias" dos musseques, os
bairros pobres de Luanda, na deliciosa fala recriada de seus habitantes. É o
que nos oferece este premiado Luuanda, publicado pela primeira vez em 1963, mas
banido por mais de uma década da Angola colonial.
Na primeira estória, "Vavó Xíxi e seu neto Zeca santos", o rapaz do título, sem emprego e morando num barraco, não tem o suficiente nem para comer, o que não impede de gostar de uma bela cmaisa amarela com flores coloridas ou, ainda, de sonhar com o amor de Delfina. Segue-se a "Estória do ladrão e do papagaio", em que o bando de João Miguel, o Via-Rápida, se reencontra na prisão para acertar as contas de um malogrado roubo de patos - e há também Garrida Kam´tuta, atormentado pelo papagaio que receb os carinhos que Inácia insiste em lhe negar. Por sim, em "Estória da galinha e do ovo", todos são chamadas a opinar: se Bina é quem alimenta a galinha da vizinha "nga" Zefa, não terá Bina direito ao ovo botado em seu próprio quintal? (...)
Na primeira estória, "Vavó Xíxi e seu neto Zeca santos", o rapaz do título, sem emprego e morando num barraco, não tem o suficiente nem para comer, o que não impede de gostar de uma bela cmaisa amarela com flores coloridas ou, ainda, de sonhar com o amor de Delfina. Segue-se a "Estória do ladrão e do papagaio", em que o bando de João Miguel, o Via-Rápida, se reencontra na prisão para acertar as contas de um malogrado roubo de patos - e há também Garrida Kam´tuta, atormentado pelo papagaio que receb os carinhos que Inácia insiste em lhe negar. Por sim, em "Estória da galinha e do ovo", todos são chamadas a opinar: se Bina é quem alimenta a galinha da vizinha "nga" Zefa, não terá Bina direito ao ovo botado em seu próprio quintal? (...)
Avaliação:
3/5 estrelas
O segundo livro da
Maratona seria um que começasse com a inicial do meu nome, nesse caso, L. Como
Luuanda era o único que estava na minha estante e que cabia nesse quesito,
acabei optando pela leitura desse. E mais também pelo fato de conhecer outros
estilos literários.
Luuanda é do
escritor português José Luandino Vieira, que se mudou para Angola em 1938.
Passou toda a sua vida na cidade africana, e durante esse período, lutou contra
a dominação portuguesa, o que lhe rendeu dez anos na prisão, onde escreveu boa
parte de sua obra. Em 1963, publica Luuanda, uma coletânea de três histórias,
mas por causa do contexto da época, é banida por mais de dez anos.
Como o próprio
título sugere, Luuanda narra três histórias que se passam na região africana. Comecei
o livro empolgado, mas confesso que poderia ter me dado melhor com o livro. A
primeira delas,”Vavó Xixi e seu neto Zeca Santos”, conta a história de Zeca
Santos, moço sem emprego e morando num barraco, onde não tem o suficiente para
comer. Mas nem isso o impede de ter uma paixão por uma bela camisa amarela
florida, além de sonhar com o amor de Delfina. Aqui começa a dificuldade de me
envolver com a leitura. A narrativa de Luandino é extremamente difícil,
principalmente em alguns trechos. Por outro lado, admiro a capacidade de
Luandino de ter escrito as histórias da mesma maneira que se sucede o dialeto
na região.
O livro segue com “Estória
do ladrão e do papagaio”, onde o bando de João Miguel, o Via Rápida, se
reencontra na prisão para acertar as contas de um malogrado roubo de patos. Não
obstante, temos Garrido Kam’tuta, atormentado pelo papagaio que receber os
carinhos que Inácia insiste em lhe negar. Para mim, essa foi a história mais difícil.
Achei-a extremamente difícil, principalmente pela falta de diálogos ao longo da
narrativa.
A última história é “Estória
da galinha e do ovo”, onde é narrado quando todas as pessoas da vizinhança são
chamados a dar sua opinião sobre quem tem direito sobre o ovo colocado pela
galinha: se é Bina, que alimentava o animal e onde que foi colocado o ovo, mas “nga”
Zefa, dona da galinha? Sinceramente, essa foi a que mais gostei. Achei
engraçada e divertida em diversos momentos.
As histórias podem
parecer simples a uma leitura da sinopse, mas tem uma riqueza que só se percebe
quando se lê: a narrativa marcada pela oralidade, a exatidão dos detalhes e as
diversas expressões luuandinas presentes ao longo das histórias. Luuanda não é
um livro que irá agradará a todos, mas quem tiver interesse, leia.
Hey Lucas, tudo bom ? Amei sua resenha e me interessei pelo livro. Já entrou pra minha lista de compras hahah. Ah, te indiquei em uma Tag lá no blog, dps dá uma olhada ;)
ResponderExcluirwww.booksandmoviesandthings.blogspot.com