Série:
Divergente #1
Autora:
Veronica Roth
Editora:
Rocco
Páginas: 502
Ano: 2012
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide
em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não
pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação,
mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande
cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o
resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não
respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre
ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha
que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre
sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que
vive.
Avaliação: 5/5 estrelas
“Dividiram-se em quatro facções que procuravam erradicar essas
qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo. [...]
- Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. [...]
- Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. [...]
- Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. [...]
- Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. [...]
- Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. [...]
- Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. [...]
- Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. [...]
- E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia. [...]” p. 48-49
Ano novo! Para
começar o ano com o pé direito, decidi realizar a leitura de Divergente,
distopia de Veronica Roth. Além disso, é um dos livros inscritos na Maratona
Literária, que ocorre até o próximo dia 16 de janeiro. Mas voltando ao livro,
Divergente é um dos livros mais comentados do ano passado. E isso só tende a
aumentar, principalmente pelo lançamento da adaptação cinematográfica que será
lançada no ano de 2014. Pedi o livro de amigo secreto, com o intuito de
conhecer a trama tão comentada.
Numa Chicago
futurista, a sociedade é dividida em cinco facções: Abnegação, Amizade,
Audácia, Erudição e Franqueza. Cada uma com suas características de ser, de estar
e de viver. Aos dezesseis anos, todo jovem passa por um processo de iniciação,
onde é decidido para qual facção deve ir. Dentre os jovens, está Beatrice
Prior, que ao passar pelo processo, seus resultados dão inconclusivos, ou seja,
ela é Divergente, logo, é um perigo para todos. Entre decidir ficar com sua
família ou assumir uma nova vida, a decisão de Beatrice tornará sua vida
totalmente diferente de antes. Ela se torna Tris, e passa por uma fase de
treinos e provas para capacitar sua entrada definitiva em sua nova facção. No
entanto, pelo longo do caminho, ela percebe que nem todos são confiáveis e que
os perigos são maiores que ela imagina. Além disso, um romance inesperado surge
pelo caminho, e no decorrer de sua trajetória, ela deve tomar cada vez mais
decisões, que podem afetar ela e aos que estão a sua volta.
Toda distopia tem
seus elementos tradicionais: um governo opressor, uma sociedade que aceita tudo
e não questiona nada e um método de fazer com que isso continue. No caso de
Divergente, temos exatamente isso: para o governo, a divisão da sociedade em
facções é essencial, pois assim não faltará nada. Cada integrante dará uma
contribuição, como por exemplo os membros da Audácia: eles juntos protegem a
cidade de algum inimigo; os da Erudição permitem que Chicago tenha uma
tecnologia. A facção antes de tudo e superior a tudo. O método é a iniciação
dos jovens. Posso dizer que a ambientação da história de Veronica é
extremamente diferente e atraente. No entanto, no decorrer da leitura, senti a
falta de “um quê a mais”. Faltou explorar o lado distópico mesmo. Cadê o
sofrimento, cadê a opressão? Não estou querendo comparar Divergente com Jogos
Vorazes, mas no segundo sentimos a pressão e a tensão a cada página que lemos.
Em Divergente, só realmente sentimos isso lá pela metade do livro.
Beatrice, ou Tris é
uma personagem que cativa, principalmente pela sua coragem. Um dos fatos que mais
gosto nos livros é o amadurecimento do personagem no desenrolar da narrativa. E
isso eu senti com Tris. A partir do momento que ela assume sua nova identidade
e passa a viver como uma outra pessoa, Tris muda de uma maneira positiva. E aí
é que a distopia realmente começa a funcionar. Na Chicago de Veronica, uma das
características principais é o enfrentamento dos medos para os perigos que
podem vir a ocorrer. E Tris é obrigada a passar por isso, para que possa fazer
parte de sua nova vida. Ao assumir sua facção, ela se torna uma nova pessoa.
A partir do momento
que a distopia realmente começa, fiquei empolgado para continuar a leitura.
Passamos a compreender melhor o funcionamento da sociedade e suas regras. E um
outro ponto que me agradou é o fato de ser Divergente. Em uma cidade onde você
pode apenas ser uma pessoa, como por exemplo, ser uma pessoa honesta, ou uma
pessoa inteligente, surgem os Divergentes, que no sentido literal da palavra,
divergem. E não é uma característica que surge ao longo de sua existência. Não
sei se é comentado nos livros posteriores ou se deixei passar batido, mas ser
Divergente é algo que faz parte de sua própria essência. Você pode passar a
questionar o mundo a sua volta, pode interferir quando necessário. No inicio,
nem Tris nem o leitor sabiam realmente quais eram os perigos de ser Divergente,
mas ao longo da história, conforme vamos nos ambientando e adentrando cada vez
mais na narrativa, passamos realmente a entender o significado de tudo aquilo.
E além do mais, isso não é decidido somente lá pelo segundo ou terceiro livro.
É algo de sempre.
Quanto ao romance
entre Tris e Quatro, gostei bastante do desenvolvimento feito por Veronica. Não
é um romance tão comum, mas a maneira que ele surge é extremamente empolgante.
Quatro se mostra uma pessoa totalmente diferente do que esperamos e a maneira
que os dois se relacionam ao longo da história se torna cativante. Não posso
deixar de falar dos personagens secundários, que dão um toque a mais a trama:
Will, Christina, Al, Eric e até mesmo Peter e Jeanine.
Divergente foi uma
boa escolha para iniciar o ano de 2014. Confesso que enquanto escrevia a
resenha, me dava conta de quanto eu tinha gostado da história. Repleto de
questões pertinentes, mas também de cenas de ação e um romance para balancear,
Divergente se torna uma leitura eletrizante principalmente na segunda metade do
livro. Estou empolgado para a leitura de Insurgente, mas também para o filme
que irão lançar em março desse ano.
Estou muito louca pra ler essa série, a minha frustração é que ja me soltaram spoiler :'( mais amei sua resenha. o/
ResponderExcluiracervo-de-livros.blogspot.com
OMG, eu realmente preciso ler este livro. Todo mundo lê, se sente bem e ama a história e eu fico aqui com pena de pagar o dinheiro que eles cobram no livro. Sorry, mas sou mão de vaca e a Rocco gosta de explorar. Entretanto creio que a história vale a pena.
ResponderExcluirmemorias-de-leitura.blogspot.com
Oi Lucas, como vai? Eu, particularmente, tenho muuuuuuita vontade de ler esse livro, porém nunca o encontro para comprar, e pedir de presente somente em datas festivas mesmo, rs. Curti muito a resenha e parece estar repleto de ação! Já me cativou...
ResponderExcluirAbraço!
www.blogopenbooks.blogspot.com.br
Oi, Lucas!
ResponderExcluirEsse é meu livro distópico favorito! Simplesmente sou fascinada, mas fiquei um tanto triste com Allegiant... :/
Amei a resenha e amei o blog, estou seguindo!
Bjs,
Kami
gostoliterario.blogspot.com.br
Oi Lucas,
ResponderExcluirEsse livro é mesmo eletrizante, gostei muito! Ansiosa pelo filme!
Beijos
Amei o Blog!
Dani Cruz