Divergente, de Veronica Roth

sábado, 4 de janeiro de 2014 Marcadores: , , ,

Título: Divergente
Série: Divergente #1
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 502
Ano: 2012
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Avaliação: 5/5 estrelas

“Dividiram-se em quatro facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo. [...]
- Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. [...]
- Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. [...]
- Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. [...]
- Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. [...]
- E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia. [...]” p. 48-49

Ano novo! Para começar o ano com o pé direito, decidi realizar a leitura de Divergente, distopia de Veronica Roth. Além disso, é um dos livros inscritos na Maratona Literária, que ocorre até o próximo dia 16 de janeiro. Mas voltando ao livro, Divergente é um dos livros mais comentados do ano passado. E isso só tende a aumentar, principalmente pelo lançamento da adaptação cinematográfica que será lançada no ano de 2014. Pedi o livro de amigo secreto, com o intuito de conhecer a trama tão comentada.

Numa Chicago futurista, a sociedade é dividida em cinco facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza. Cada uma com suas características de ser, de estar e de viver. Aos dezesseis anos, todo jovem passa por um processo de iniciação, onde é decidido para qual facção deve ir. Dentre os jovens, está Beatrice Prior, que ao passar pelo processo, seus resultados dão inconclusivos, ou seja, ela é Divergente, logo, é um perigo para todos. Entre decidir ficar com sua família ou assumir uma nova vida, a decisão de Beatrice tornará sua vida totalmente diferente de antes. Ela se torna Tris, e passa por uma fase de treinos e provas para capacitar sua entrada definitiva em sua nova facção. No entanto, pelo longo do caminho, ela percebe que nem todos são confiáveis e que os perigos são maiores que ela imagina. Além disso, um romance inesperado surge pelo caminho, e no decorrer de sua trajetória, ela deve tomar cada vez mais decisões, que podem afetar ela e aos que estão a sua volta.

Toda distopia tem seus elementos tradicionais: um governo opressor, uma sociedade que aceita tudo e não questiona nada e um método de fazer com que isso continue. No caso de Divergente, temos exatamente isso: para o governo, a divisão da sociedade em facções é essencial, pois assim não faltará nada. Cada integrante dará uma contribuição, como por exemplo os membros da Audácia: eles juntos protegem a cidade de algum inimigo; os da Erudição permitem que Chicago tenha uma tecnologia. A facção antes de tudo e superior a tudo. O método é a iniciação dos jovens. Posso dizer que a ambientação da história de Veronica é extremamente diferente e atraente. No entanto, no decorrer da leitura, senti a falta de “um quê a mais”. Faltou explorar o lado distópico mesmo. Cadê o sofrimento, cadê a opressão? Não estou querendo comparar Divergente com Jogos Vorazes, mas no segundo sentimos a pressão e a tensão a cada página que lemos. Em Divergente, só realmente sentimos isso lá pela metade do livro.

Beatrice, ou Tris é uma personagem que cativa, principalmente pela sua coragem. Um dos fatos que mais gosto nos livros é o amadurecimento do personagem no desenrolar da narrativa. E isso eu senti com Tris. A partir do momento que ela assume sua nova identidade e passa a viver como uma outra pessoa, Tris muda de uma maneira positiva. E aí é que a distopia realmente começa a funcionar. Na Chicago de Veronica, uma das características principais é o enfrentamento dos medos para os perigos que podem vir a ocorrer. E Tris é obrigada a passar por isso, para que possa fazer parte de sua nova vida. Ao assumir sua facção, ela se torna uma nova pessoa.

A partir do momento que a distopia realmente começa, fiquei empolgado para continuar a leitura. Passamos a compreender melhor o funcionamento da sociedade e suas regras. E um outro ponto que me agradou é o fato de ser Divergente. Em uma cidade onde você pode apenas ser uma pessoa, como por exemplo, ser uma pessoa honesta, ou uma pessoa inteligente, surgem os Divergentes, que no sentido literal da palavra, divergem. E não é uma característica que surge ao longo de sua existência. Não sei se é comentado nos livros posteriores ou se deixei passar batido, mas ser Divergente é algo que faz parte de sua própria essência. Você pode passar a questionar o mundo a sua volta, pode interferir quando necessário. No inicio, nem Tris nem o leitor sabiam realmente quais eram os perigos de ser Divergente, mas ao longo da história, conforme vamos nos ambientando e adentrando cada vez mais na narrativa, passamos realmente a entender o significado de tudo aquilo. E além do mais, isso não é decidido somente lá pelo segundo ou terceiro livro. É algo de sempre.

Quanto ao romance entre Tris e Quatro, gostei bastante do desenvolvimento feito por Veronica. Não é um romance tão comum, mas a maneira que ele surge é extremamente empolgante. Quatro se mostra uma pessoa totalmente diferente do que esperamos e a maneira que os dois se relacionam ao longo da história se torna cativante. Não posso deixar de falar dos personagens secundários, que dão um toque a mais a trama: Will, Christina, Al, Eric e até mesmo Peter e Jeanine.

Divergente foi uma boa escolha para iniciar o ano de 2014. Confesso que enquanto escrevia a resenha, me dava conta de quanto eu tinha gostado da história. Repleto de questões pertinentes, mas também de cenas de ação e um romance para balancear, Divergente se torna uma leitura eletrizante principalmente na segunda metade do livro. Estou empolgado para a leitura de Insurgente, mas também para o filme que irão lançar em março desse ano.

5 comentários:

  1. Estou muito louca pra ler essa série, a minha frustração é que ja me soltaram spoiler :'( mais amei sua resenha. o/
    acervo-de-livros.blogspot.com

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  2. OMG, eu realmente preciso ler este livro. Todo mundo lê, se sente bem e ama a história e eu fico aqui com pena de pagar o dinheiro que eles cobram no livro. Sorry, mas sou mão de vaca e a Rocco gosta de explorar. Entretanto creio que a história vale a pena.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  3. Oi Lucas, como vai? Eu, particularmente, tenho muuuuuuita vontade de ler esse livro, porém nunca o encontro para comprar, e pedir de presente somente em datas festivas mesmo, rs. Curti muito a resenha e parece estar repleto de ação! Já me cativou...

    Abraço!
    www.blogopenbooks.blogspot.com.br

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  4. Oi, Lucas!
    Esse é meu livro distópico favorito! Simplesmente sou fascinada, mas fiquei um tanto triste com Allegiant... :/
    Amei a resenha e amei o blog, estou seguindo!
    Bjs,
    Kami
    gostoliterario.blogspot.com.br

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  5. Oi Lucas,

    Esse livro é mesmo eletrizante, gostei muito! Ansiosa pelo filme!

    Beijos
    Amei o Blog!

    Dani Cruz

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