Autor: Carlos Ruiz Záfon
Editora: Suma de Letras
Ano: 2011
Páginas: 189
Sinopse: Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões. É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Oscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora. Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Oscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos. Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Oscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro.
Avaliação: 5/5 estrelas
Marina é o livro proposto para janeiro no desafio Bola de Leitura
Espanha - Suspense
Carlos Ruiz Zafón é conhecido no Brasil pelos seus livros carregados de
mistérios e segredos, dentre eles A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo. No
entanto, outros livros também merecem destaque, sendo um deles Marina, lançado
pela Editora Suma de Letras. Presenteado pela minha prima, decidi iniciar a
leitura desse, principalmente por ser um livro mais rápido de ser lido. Pelo
menos foi isso que eu esperava. E eu encontrei muito mais.
Óscar Drai é um jovem de 15 anos que vive no internato, juntamente de
colegas e dos padres. Encantado e ao mesmo tempo intrigado pelos casarões que
existiam ali na redondeza, Óscar decide adentrar um deles. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de
uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. No
entanto, ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge,
assustado, levando o relógio. Alguns dias depois, retornando a casa para
devolver o relógio, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que vive ali
junto de seu pai doente, Gérman e seu gato, Kafka. Marina o leva a um
cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem
nome, sempre à mesma data, à mesma hora. Determinados a desvendar o
mistério que envolve aquela senhora, Marina e Óscar perambulam pelas ruas de
Barcelona a procura de respostas e explicações para os acontecimentos que
passam a fazer parte da vida dos jovens, principalmente na de Óscar. Ademais,
Óscar acaba se afeiçoando de tal maneira de Marina e Gérman, principalmente da
menina. Juntos, viveram perigos e aventuras, desvendando e trazendo a tona
segredos há muito tempo guardados.
Faz um bom tempo que eu lera os outros livros do autor. Lembro que na
época, os elementos das histórias de Záfon eram únicos, criativos e originais,
o que me cativou profundamente. Suas histórias eram totalmente diferentes de
tudo aquilo que eu já tinha lido. E foi exatamente isso que encontrei também em
Marina.
Narrado sob a ótica de Óscar, Marina nos leva a Barcelona da década de
1980, aos casebres, as ruas escuras e sombrias, a aquela atmosférica quase que
gótica. Óscar tem sua rotina baseada no internato onde vive, juntamente de seu
melhor amigo, JF. Záfon construiu um protagonista cativante, seja pela sua
necessidade de aventura e seu sentimento de curiosidade, seja pela sua coragem
ou até mesmo pelos seus sentimentos por Marina.
Além de tudo, Óscar é carente. E aí é que entra Gérman e Marina. Ao
longo da história, percebemos um laço de amizade que se fortalece aos poucos,
tornando os dois parte da família do garoto. Não havia lido a sinopse, então,
não sabia o que esperar da história. A principio imaginava que Marina e seu pai
tinham algum segredo que pudesse deixar Óscar em perigo. No entanto, fui
surpreendido de maneira positiva. Para não estragar a surpresa, deixarei para
que o leitor realize a leitura e descubra por si mesmo.
Só posso adiantar que Záfon cria situações e histórias paralelas de tal
maneira que só tem a contribuir para o desenvolvimento da história central. Sua
narrativa é marcada pelo mistério e sombria a ponto de ter me deixado alarmado
e empolgado. Apesar disso, não é uma narrativa fluida: é extremamente
detalhista, e em alguns momentos, carente de diálogos. Mesmo assim, isso não
interfere diante da maneira com que ele conduz. Marina é uma personagem também bem construída, principalmente pelo papel
que ela representa para Óscar. O sentimento de amizade que surge entre os dois
é repleto de valores como lealdade e companheirismo.
Marina é profundo, misterioso e ao mesmo tempo seduz o leitor. Apesar de o título sugerir algo, a história segue por outros rumos. Záfon consegue conduzir a história de maneira a deixar qualquer leitor satisfeito. Durante a leitura, me pegava imaginando como seria uma adaptação cinematográfica e acho que seria uma boa pedida!
Marina é profundo, misterioso e ao mesmo tempo seduz o leitor. Apesar de o título sugerir algo, a história segue por outros rumos. Záfon consegue conduzir a história de maneira a deixar qualquer leitor satisfeito. Durante a leitura, me pegava imaginando como seria uma adaptação cinematográfica e acho que seria uma boa pedida!
Que bom que gostaste (eu anotei quando me pediste emprestado no passado e foi uma boa segunda opção do Zafón). Eu também adorei!
ResponderExcluirSó que o desfecho da Marina e Germán, não foi inusitado para mim, foi exatamente o que eu estava esperando. O suspense da aventura deles é que foi me enrolando hehe
Acho que esse livro se assemelha ao que eu te narrei de "A garota que perseguiu a lua". Existe uma fantasia na história, porém a fantasia em si não é o centro (ela é tratada com uma certa naturalidade). Gostei bastante.
Beijos
liliescreve.blogspot.com
Gostei da leitura, esta fantasia me fez ler ele rapidamente, e mesmo na fantasia a história é bem legal. Gostei do autor, consegue prender o leitor..
ResponderExcluirPara quem não souber o que ler, é uma boa pedida para o fim de semana...
Conheça e comente também: http://livrosdasuacabeceira.blogspot.com.br/
Abraços e boas leituras...