Estilhaça-me - Tahereh Mafi

Título: Estilhaça-me

Autora: Tahereh Mafi

Editora: Novo Conceito

Série: Estilhaça-me #1

Páginas: 304

Ano: 2012

Sinopse: Ninguém sabe por que o toque de Juliette é letal, mas O Restabelecimento tem planos para ela. Planos para usá-la como arma. No entanto, Juliette tem seus próprios planos. Após uma vida inteira sem liberdade, ela descobriu uma força para lutar contra todos pela primeira vez - e para obter um futuro com o garoto que ela pensou que fosse perder para sempre.

                

                 Bom dia pessoal!

                 Faz um tempinho que terminei Estilhaça-me, e gostaria apenas de fazer um pedido: alguém pode me arrumar a continuação do livro? Por favor?!

                  Vamos lá, então.

                  Há algum tempo que O Restabelecimento entrou no poder. Eles diziam que tirariam as pessoas da miséria, mas não tiraram. Na verdade tiraram tudo da vida das pessoas. Tudo mesmo.

            Estou aprisionada há 264 dias.

            Com essas palavras se inicia a história de Juliette. Antes de tudo, ela tem um toque letal. Só que ninguém sabe o por que. Nunca teve um abraço caloroso de uma mãe, um beijo carinhoso de uma mãe. 

            Vive em sua cela até o dia em que dizem que iria receber um colega de cela. Temerosa e com medo, ela tem que se acostumar com a presença de Adam, que não sabe também porque está ali.

            Certo dia, ela é levada da cela para O Restabelecimento. Lá, ela conhece Warner, que lhe faz uma proposta: se juntar a sua equipe, e ser usada como arma de guerra.

           

            Eu senti muita pena de Juliette enquanto estava lendo o livro. Só imagina você crescer com a visão de que é um monstro, uma caçadora? É difícil. Aquele sentimento de dúvida, incerteza, fica ainda mais claro para ela, já que muitas frases do livro são riscadas. Só de saber que você é um estorvo para sua família, ou que ninguém te quer por perto é complicado. Teve até uma parte em que ela lembra quando pequena, que foi salvar um garoto que estava caindo, mas naquele impulso ela se esqueceu de seu “dom”, e acabou matando o garoto. Barra pesada.  

Não sei quando isso começou.

Não sei por que isso começou.

Não sei nada de nada a não ser dos gritos.

Minha mães gritando quando ela percebeu que não poderia mais me tocar. Meu pai gritando quando ele percebeu o que eu fizera com minha mãe. Meus pais gritando quando me trancaram em meu quarto e me disseram que eu deveria ser grata. Por sua comida. Pelo tratamento humano dedicado a esta coisa que não era possível que fosse filha deles. Pelo parâmetro que eles usaram para determinar a distância que eu devia ficar.

Arruinei a vida deles - é o que me diziam.

Roubei sua felicidade [...]

Quando ninguém quer correr o risco de tocar em você.

Adam, o bom moço da história, na verdade é o único que não via Juliette dessa forma. Foi ele que muitas vezes ajudou Juliette a não se deixar cair em depressão. Muito legal de sua parte! E o romance que surgiu entre os dois foi algo muito intenso, bem romântico mesmo!

Um dos personagens que sinceramente me dava nojo era Warner. Oh, pessoinha ruim! Asqueroso, maléfico, tinha horas que a minha maior vontade era entrar dentro do livro e encher ele de porrada. Credo, coitada da Juliette nas mãos dele!

Estilhaça-me, para mim, pode ser considerada uma leitura obrigatória para quem gosta de livros de romance. É muito legal! Cheio de cenas intensas, cruéis, emocionantes, eu não conseguia largar ele. Por mais que eu só lesse uma página, não conseguia me desgrudar de tão bom que era. Faz jus o comentário que tem na capa, de Lauren Kate.

“Sedutor, intenso e cheio de romance. Estou com inveja. Não conseguia parar de ler."

Com o decorrer do livro, Juliette conseguiu dar a volta por cima, e superar aquela visão de que ela era um monstro, que fora feita para matar. Conseguiu mostrar para todos que seus sentimentos e suas intenções eram as melhores o possível. Se mostrou mais forte do que aquela garotinha do início do livro, que vivia encolhida nos cantos, apenas com a presença de seu caderninho, com medo de tudo e de todos.

Recomendo muito mesmo!!! Vale realmente a pena!!!

[...] Sei por que fui atirada da margem do planeta é há dezessete anos ando tentando me segurar. Há dezessete anos tenho tentado escalar de volta, mas é quase impossível superar a gravidade quando ninguém está disposto a lhe dar a mão.

            Não tenho nada senão um caderno e uma caneta quebrada e os números na cabeça para me fazer companhia. Uma janela. Quatro paredes. Espaço de 1,48 m². Vinte e seis letras de um alfabeto do qual não fiz uso em 264 dias de isolamento.