A Antiguidade que poucos conhecem...

domingo, 28 de abril de 2013 Marcadores:


Hoje o post é um pouco diferente. Nada de resenhas, nem de músicas, apenas história. Para quem não sabe, faço a faculdade de História, e nessas últimas semanas me veio uma ideia de fazer um post relacionado a uma discussão que rolou numa das aulas, a de História Antiga. Era sobre os becos e submundos da Antiguidade.  Achei tão legal o assunto, já que é algo tão pouco divulgado e conhecido, que decidi compartilhar um pouco aqui no blog, com vocês. Aqui no post vou me ater mais a Grécia, que achei mais interessante e relevante.

Discutimos sobre Grécia e suas três principais cidades: Atenas, Corinto e Macedônia. De forma sucinta, conseguimos ter uma vida de assuntos polêmicos, como prostituição, violência, diversão na própria Antiguidade. É pura viagem!

Em Atenas, havia um bairro muito conhecido e importante, o Cerâmico. Situado ao norte da cidade, era onde trabalhava os oleiros, e que se prolonga, fora do perímetro da cidade, em aldeias cercadas por túmulos. É para lá que se dirigem, em busca do prazer, todos os quais os poucos recursos não permitem receber o domicilio, como é o caso dos mais ricos, as cortesãs de luxo dançarinas ou tocadoras de flauta.
É em Atenas, que graças as reformas implantadas por Sólon, que se legalizou a prostituição. Além disso, temos uma divisão censitária, que dividia as mulheres na sociedade.

"Temos as prostituas para o prazer; as comcubinas para os cuidados diários; e as esposas para ganharmos uma descendência legitima e serem fiéis guardiãs do lar"
 
Havia as próprias casas de prostituição. As mulheres dessas casas públicas eram designadas com o termo pornè, o que, etimologicamente, significa "vendida" ou à venda, uma alusão não à profissão degradante dessas mulheres, mas ao fato de que - sendo em grande maioria escravas - haviam sido vendidas num mercado. Esse controle do Estado sobre as casas de prostituição é uma das características da vida ateniense.

Uma coisa que é um tanto diferente é a questão no amor nessa sociedade. O chamado amor grego não é aquele entre marido e mulher, mas sim entre em erasta e um eromêno. Seria aquele em que o homem mais velho sente pelo mais novo, aquele que educa, que o ensina.

"O verdadeiro Amor não tem seu lugar no gineceu; e eu afirmo que não é amor o que vocês sentem pelas mulheres ou pelas moças. Seria tão absurdo como chamar de amor o que as moscas sentem pelo leite, as abelhas pelo mel e os cozinheiros pelas carnes e iguarias que preparam." Plutarco

Já em Corinto, temos uma ideia um tanto diferente a respeito da prostituição. Lá, ocorria a prostituição sagrada. Não era um costume totalmente helênico. Já ocorria em outros lugares. Em uma passagem, Heródoto, comenta a respeito desse ato:

"Vejamos agora, o costume mais vergonhoso dos babilônios. É preciso que cada mulher do país, uma vez em sua vida, se uma a um homem estrangeiro, no templo de Afrodite. Muitas desdenham misturar-se aos outros babilônios e têm orgulho das próprias riquezas: dirigem-se ao santuário em carruagens cobertas e são seguidas por numerosos servidores. Nas cercanias do templo, as mulheres - em grande número - ficam sentadas, com uma coroa de corda em torno da cabeça. Umas chegam, outras se vão. Entre as mulheres, há caminhos em linha reta que vão em todas as direções, e permitem aos estrangeiros circular entre elas para fazer sua escolha.

Quando uma mulher está sentada ali, tem de esperar - para poder voltar à casa - que um estrangeiro lhe tenha jogado dinheiro nos joelhos e se tenha unido a ela no interior do templo. Ao lhe jogar o dinheiro, o homem deve dizer: 'Chamo-te em nome da deusa Milita.' Milita é o nome asssírio de Afrodite. Dá-se a soma de dinheiro que se quer e a mulher não tem absolutamente direito de recusar o homem, pois o dinheiro é sagrado e ela deve seguir o primeiro que lhe atire alguma coisa. Quando acaba de se unir ao homem, cumpriu seu dever em face da deusa e pode voltar para casa. As que são belas e têm um belo corpo podem voltar rapidamente para casa; mas as feias são obrigadas a ficar ali por muito tempo, sem poder satisfazer a lei. Algumas ficam lá por três ou quatro anos."

Outro motivo que pode levar uma mulher ao templo de Afrodite é a necessidade de acumular a soma necessária para constituir seus dotes.

A presença dessas mil mulheres, consagradas à deusa do amor, contribuiu para atribuir a Corinto a reputação de ser a cidade dos prazeres fáceis; e não é de espantar que a prostituição fácil tivesse assumido uma extensão considerável na cidade.

P.S: Espero que tenham gostado do post. Essa semana terá resenha, com certeza. A última semana foi meio corrida, com os trabalhos da faculdade. Mas vou voltar, aos poucos com as postagens!

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