A Esperança - Suzanne Collins

terça-feira, 10 de dezembro de 2013 Marcadores: , ,

Título: A Esperança
Autora: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes #3
Editora: Rocco
Páginas: 
Ano: 2011
Sinopse: Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra?
Livros anteriores: Jogos Vorazes, Em Chamas
Avaliação: 5/5 estrelas

Essa era mais uma das resenhas que estavam "encalhadas". É sempre ruim quando se chega a um final de uma saga. Sempre dá aquele friozinho na barriga, por que você sabe que aquele será o último volume. Depois de tantos anos juntos, tantas alegrias, tristezas, emoções. Depois daquilo, apenas releituras. Além disso, você tem medo do que o autor (a) do livro não atinja suas expectativas e dê para seu personagem favorito o final que você não desejava em hipótese alguma para ele. É, foi assim com Harry Potter, Crepúsculo, Fallen (as que mais marcaram), e outras inúmeras séries que acompanhei ao longo da minha vida como leitor. Com Jogos Vorazes não foi diferente.

Em Chamas termina num momento UP! da história. O distrito 12 não existe mais, e Katniss não sabe o que fazer. Há uma revolução acontecendo, todos querem derrubar a Capital, Peeta correndo perigo, e ela no centro de tudo. Ela não sabe o que fazer. Terá que contar com a ajuda de revolucionários, para colocar um basta nisso, e quem sabe construir um futuro melhor para aquela nação.

Jogos Vorazes foi uma surpresa agradável que aconteceu na minha vida. Quando eu comprei o primeiro livro, foi apenas mais por curiosidade (já que o filme seria lançado no ano seguinte), do que por "eu quero aquele livro de qualquer jeito". Suzanne Collins me fisgou desde o primeiro livro, me tirou a paciência, me deixou em pânico, me deixou com o coração partido. É, minha cara, ter você como companhia é o mesmo que entrar numa montanha russa. Mas para mim, foi algo bastante positivo.

Como comentei na resenha de Jogos Vorazes, o primeiro livro (pelo menos na época) foi tão bom, que se enquadrava no mesmo sentido que foi quando eu li Harry Potter. O jeito que a autora lida com os personagens, a maneira com que ela constrói a narrativa, envolvendo seus personagens em um cenário de fome e terror é mágico (ficou meio estranho, eu sei, mas foi assim que me senti). Foi um mundo que se abriu para mim e eu queria participar dele.

Quando eu achava que a autora já estava no ápice, ela me surpreende mais uma vez em Em Chamas. Mais uma vez, tiro o chapéu para ela. A narrativa dela se tornou algo cruel,  que mexia com seus sentimentos. Jogos Vorazes me deixou alguns dias pensando na história, como aquilo fora capaz de acontecer. E se formos parar para pensar um pouco nisso, não foge muito do nosso passado. Segundo a própria autora, disse ela que se baseou na história romana para escrever a série, usando a temática do pão e circo. E conseguiu transformar toda essa situação em ficção, e que faz refletir. É bacana quando um livro mexe com as suas emoções, seja lá de que forma.

E chegamos A esperança. Como já dito anteriormente, o gancho de Em Chamas estava feito. Agora tudo se resolvia no último livro. No entanto, a autora me surpreendera a cada livro que passava. Jogos Vorazes tinha me pego desprevenido, Em Chamas se mostrou maravilhoso e eu esperava a perfeição de A Esperança. No entanto, não ocorreu dessa maneira.

"Acontece que a pergunta que tem me consumido só tem recebido uma única resposta possível até agora. Mas foi necessário o ardil de Peeta para que eu a reconhecesse.
O que eu vou fazer?
Respiro fundo. Meus braços se erguem ligeiramente - como se relembrando as asas em preto e branco que Cinna me deu -, então as repouso novamente.
- Eu vou ser o Tordo." p. 40

Suzanne mais um vez me fisgou nas primeiras páginas. Apesar de não haver mais tanto sofrimento, chegou a hora da história tomar um rumo e ocorrer mudanças. E Suzanne consegue. Os acontecimentos ao longo do livro te deixam curioso para um final. A preparação para a guerra final, os conflitos, as batalhas contra a Capital: tudo tornando o livro impossível parar de ler. Ainda mais sendo narrado pela Katniss, a trilogia de Jogos Vorazes se torna insuperável no gênero das distopias. O sofrimento, as angústias de Katniss, tudo a flor da pele.

Apesar de os primeiros livros terem sido meus favoritos, A Esperança cumpre o papel devido. É um livro intenso, cheio de aventuras, perigos e decisões. Suzanne consegue delinear  muito bem a trama, destacando Katniss e tantos outros personagens marcantes. O final é digno, apesar de ter sido um pouco corrido, mas que deu um resultado positivo.

1 comentário:

  1. Tens conseguido correr com as leituras, hein?!
    Eu gostei bastante de A esperança e, logicamente, grudei no livro com lágrimas até a última página.
    Também não é meu favorito. Gosto muito do primeiro, que traz uma Katniss que é uma pessoa boa, embora na maior parte do tempo tente ser egoísta e focada o suficiente em manter sua família bem. Acho que a vida torna a maioria das pessoas assim, mas ela ainda é muito boa (e não pensa desse modo).

    O que eu mais gostei em A esperança foi a reviravolta da própria personagem, quando ela assume o papel do tordo, mais do que tudo ela deixa de ser aquela menina que originou o tordo. Ela é mais uma menina apaixonada do que alguém que quer o fim da capital.

    Fico contente de ter encontrado uma resenha para comentar e ler tem mais algumas, mas é que houveram umas tantas de livros que quero ler logo, aí não quero estragar o suspense.

    liliescreve.blogspot.com

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