Título: Mutação
Autor: Robin Cook
Editora: Record
Ano: 1989
Páginas: 304
Sinopse: Uma história aterrorizante sobre os perigos da engenharia genética. A engenharia genética, uma das mais fascinantes descobertas da ciência, permitiu ao homem recriar o ser humano, aproximando-o cada vez mais da perfeição. Mas, se são promissoras as perspectivas, ainda mais imprevisíveis são as consequências. Para unir seu desejo de ter um filho ao sonho de criar um ser humano perfeito, o médico e cientista Victor Frank inicia uma secreta e perigosa experiência. A princípio, o resultado revela-se altamente auspicioso, incentivado pelo sucesso da experiência, o cientista passa a realizar outras igualmente bem sucedidas, mas se detém ao perceber que algo terrível começa a ocorrer com o filho, pois sua inteligência caíra até um ponto apropriado e se estabilizara. Mas esse seria apenas o primeiro sinal do incontrolável e aterrorizante processo que viria a seguir.
Avaliação: 2/5 estrelas
A biblioteca às vezes pode ser
ótima conselheira. Quem nunca passou diversas vezes por uma mesma estante,
olhou o mesmo livro, ficou curioso pela leitura, mas nunca pegou? Esse foi o
caso do Robin Cook. Há um bom tempo que surgira a vontade de conhecer seu
trabalho, mas sempre faltava aquele impulso. Semana, numa dessas situações,
decidi pegar Mutação, e comecei a ler logo em seguida. A experiência foi boa,
mas podia ter sido muito melhor.
O médico Victor sempre teve o
sonho de criar o ser humano perfeito. Casado com Marsha, uma psicóloga, e pai
de David, Victor alia a vontade de ter um segundo filho, Victor consegue a
façanha tão sonhada. VJ, seu filho, desde criança, demonstra uma inteligência
absurdamente acima do normal comparado as outras crianças. Considerado um
orgulho para seu pai, VJ os poucos meses de idade, já sabia falar, e aos três
anos de idade, conseguia jogar xadrez tão bem quanto um jogador profissional.
Entusiasmado com o sucesso de seu experimento, Victor realiza a mesma coisa em
mais três crianças, sendo todas bem sucedidas. No entanto, toda ação tem uma
reação, e talvez a de Victor não seja o que ele esteja esperando.
Mutação foi uma leitura
totalmente diferente do que já li, principalmente pela temática: engenharia
genética. Não estarei julgando pela maneira que ele abordou o assunto, até
porque não tenho o mínimo conhecimento. Só que, ao decorrer da leitura, senti
alguns estranhamentos, como se o tema houvesse se tornado apelativo. Desde o
princípio temos noção do que acontecerá com o livro, mas não necessariamente é
o que poderia acontecer. O experimento realizado por Victor poderia ter tido
outras consequências além daquelas expostas. O problema foi que a maneira que
ele transformou engenharia genética tornou o assunto algo fantasioso ao
extremo.
Os próprios personagens comprovam
isso, começando pelos próprios pais, Victor e Marsha. A posição deles como pais
e educadores deixou a desejar grande parte do livro. Victor, por um lado,
colocava a ciência acima de tudo, até mesmo de seus relacionamentos. Via em VJ
apenas uma criação perfeita, e não seu filho. Em diversos momentos da história
tive vontade de gritar com Victor, pelo simples fato de deixar coisas sérias
passar despercebido, algo como “tá ele fez várias coisas ruins, mas ele descobriu
algo mega importante. Então, deixa”.
Isso me irritou profundamente, pois, como leigo, acredito que uma
criança que é especial merece um olhar mais atento por parte dos pais em
colocar limites e avaliar suas atitudes. E não senti isso em Victor. Marsha,
por outro lado, tentou se mostrar mais presente a partir do momento que a
história realmente engrena, como se isso fosse capaz de apagar todos os erros
de seu passado.
Não há de negar que Robin Cook
consegue manter a tensão e o suspense no ar durante toda a história. Por mais
que você desconfiasse do que aconteceria, o autor conseguia nos surpreender e
colocar os personagens em situações de sem saída, deixando o coração do leitor
acelerado. Empolgante e eletrizante, Mutação é uma leitura que vale a pena na
medida das sensações que surgem ao longo da história, ao mesmo tempo em que
serve para pensar o papel dos pais na educação e no relacionamento para com
seus filhos, sejam especiais ou crianças normais.
Pois é, tu me iniciaste no autor e curti bastante Quero continuar. Esse parece uma boa
ResponderExcluirliliescreve.blogspot.com
Não curti muito essa temática, provável que não escolheria para lê-lo. Mas tomara que eu curta Benefício na morte, senão vou ficar muito brava por serem mais de 400 páginas...
ResponderExcluirwww.livrosesamba.com.br